Ardência nos seios: causas e tratamentos

Ardência nos seios: causas e tratamentos

Seus seios ardem? Por que isto acontece? Esta é uma das perguntas que você pode estar se fazendo desde que apareceu este incômodo e sensação desagradável em seu peito. Trata-se de algo bastante comum e pode estar associado a várias causas, sendo que algumas delas precisarão de tratamento imediato.

A ardência nos seios pode variar em intensidade e duração, dependendo da causa e gravidade de cada uma. Pode ocorrer devido a mudanças hormonais, gravidez ou amamentação, mastite ou outras condições, como a presença de cistos, herpes zórpes no tórax ou peito, e costocondrite. Seja qual for o motivo, não a subestime e consulte imediatamente seu especialista ou médico de confiança.

Felizmente, na maioria dos casos, este sintoma costuma desaparecer sozinho, embora em outros casos pode ser necessário o uso de analgésicos e AINES de venda livre ou a aplicação de remédios naturais, como infusões ou óleos naturais.

Se quer saber mais sobre as causas da ardências nos seios e os tratamentos para aliviá-la, continue lento este artigo do ONsalus.

Ardência nos seios por alterações hormonais

Esta é a causa mais comum pela qual se manifesta a ardência nos seios. O ciclo feminino passa por certas transformações ao longo do mês e o organismo sempre busca manter o equilíbrio hormonal, embora em algumas etapas os sintomas sejam inevitáveis. Isto ocorre, especialmente, em dias próximos à ovulação e dias anteriores à menstruação, onde se torna perceptível a tensão pré-menstrual. Esta pode se manifestar com dor nos seios do tipo pulsante, cefaleia ou dor de cabeça, sensibilidade no abdômen, incômodos na região lombar e mudanças de humor. Felizmente, estes sintomas, incluindo a ardência nos seios, são considerados normais, embora em algumas mulheres surjam com mais intensidade.

Também é possível apresentar a sensação de ardência nos seios durante a ovulação ou próximo a ela, na puberdade e na perimenopausa. No primeiro caso, ocorre pelo aumento de tamanho dos seios e, no último, a perimenopausa, pelos desajustes hormonais comuns desta fase da mulher.

Por último, dentro das alterações hormonais, é preciso mencionar as mudanças nas pílulas ou métodos anticoncepcionais como causa frequente da dor ou ardência nos seios. Qualquer modificação no método anticoncepcional repercute diretamente sobre os níveis hormonais, atenuando ou exacerbando cada sintoma.

Ardência nos seios durante a gravidez

Relacionadas com as mudanças hormonais, tanto a gravidez quanto a amamentação podem provocar a ardência nos seios. Na verdade, esta costuma ser uma manifestação inicial da gravidez, quando a mulher ainda não sabe que está grávida. Outros sintomas típicos incluem:

  • Mudanças de humor;
  • Cansaço;
  • Tonturas;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Intolerância a odores intensos.

No caso da amamentação, a ardência nos seios não ocorre apenas por causa das alterações hormonais, mas também pelo ato de amamentar o bebê.

Ardência nos seios por inflamação nervosa

Existem lesões que podem causar danos ou inflamação direta nos nervos da área circundante. Um deles é o vírus da herpes zóster, que causa a infecção viral conhecida como “cobreira”, a qual além de provocar erupções e bolhas na pele, gera sensibilidade, formigamento e ardência, que pode variar em intensidade dependendo da recorrência deste vírus.

Da mesma forma, qualquer processo inflamatório causado por feridas traumáticas ou cirúrgicas anteriores, representa um fator desencadeante da ardência nos seios. Sendo que ardência pode ser notada, por exemplo, em pessoas que tenham passado por uma mamoplastia de aumento ou redução.

Ardência nos seios costocondrite

A caixa torácica é formada por ossos (costelas) que se unem em um osso em comum chamado esterno, localizado no centro do tórax. Esta união é feita através de uma cartilagem. A costocondrite ocorre quando esta cartilagem de união entre uma costela e o esterno fica inflamada.

A costocondrite, síndrome costoesternal ou condrodinia, não costuma ter uma causa definida, mas pode ser influenciada por traumatismos, prática de exercícios, artrite e infecções articulares. Esta condição se caracteriza por apresentar dor aguda ou sensação de ardência, sobretudo, no lado esquerdo do esterno, podendo piorar ao respirar ou tossir.

Até agora, a costocondrite tem sido descrita como mais frequente em mulheres do que em homens, sendo mais comum naquelas com mais de 40 anos.

Outras causas da ardência nos seios

Por último, dentro das outras possíveis causas da ardência nos seios encontramos a mastite, um processo inflamatório do tecido mamário causado pela obstrução dos ductos galactóforos das mamas, por onde passa o leite materno. Raramente ocorre devido a um processo infeccioso.

É relativamente normal que a mastite ocorra durante as primeiras semanas da amamentação materna, provocando sintomas como:

  • Ardência nos seios;
  • Inchaço;
  • Vermelhidão;
  • Dor;
  • Febre;
  • Calafrios.

A Associação Espanhola de Pediatria, em um artigo sobre a mastite, afirma que pelo menos 10% das mulheres nos 3 primeiros meses de amamentação materna sofrem de mastite aguda, principalmente, entre a 2ª e 3ª semana após o parto. Na maioria dos casos, é unilateral e somente entre 3 e 12% são afetadas de forma bilateral[1].

O uso de alguns medicamentos tem como efeito colateral a manifestação da ardência nos seios.

A presença de cistos ou tumores também pode provocar esta ardência nos seios. Neste caso, também é possível sentir a presença e um tipo de caroço. Você pode se informar com mais detalhes no artigo sobre câncer de mama: tipos, sintomas e tratamento.

Dor e ardência nos seios: tratamento

O médico ou médica será o/a responsável por prescrever algum medicamento, o qual dependerá proporcionalmente da causa que for preciso tratar. A princípio pode ser útil:

  1. Aplicar compressas quentes ou frias nos seios;
  2. Tomar banhos com água morna;
  3. Utilizar um sutiã firme;
  4. Diminuir o consumo de cafeína;
  5. Ter uma alimentação pobre em gorduras;
  6. Utilizar analgésicos de venda livre, como o tylenol ou o ibuprofeno;
  7. Trocar o método anticoncepcional com supervisão médica.

Por outro lado, para aliviar a ardência nos seios, também pode ser útil usar alguns remédios caseiros como:

  • Vitamina E: esta age diminuindo consideravelmente os sintomas associados com a tensão pré-menstrual, regulando as mudanças hormonais e diminuindo os níveis de prolactina. Uma dose única de 200 mg será a dose padrão para aproveitar os benefícios da vitamina E.
  • Onagra: outro remédio natural eficaz na hora de diminuir os incômodos nas mamas. É considerada como a planta da mulher devido ao diversos benefícios que possui. Seu óleo estimula a formação de prostaglandinas, os quais diminuem os processos inflamatórios. Esfregue algumas gotas desde óleo sobre as mamas para que este altere ligeiramente a temperatura e aja de forma eficaz.
  • Vinagre de maçã: dentro de todos seus benefícios, o vinagre de maçã permite diminuir a inflamação de forma rápida. Coloque um pouco de vinagre de maçã em um pedaço de algodão ou passe diretamente sobre os seios e massageei-os durante 10 minutos.

Além disso, também será útil tomar infusões como:

  • Chá de alecrim;
  • Chá de dong quai;
  • Chá de tomilho.

Todas eles têm propriedades relaxantes, calmantes e anti-inflamatórias.

Na maioria dos casos, a ardência nos seios ocorre devido a mudanças hormonais comuns da mulher, a gravidez ou a amamentação. Em casos graves, a ardência nesta área ocorre devido a motivos como mastite ou cistos, mas seja qual for a origem, mantenha um registro do momento em que aparece a ardência e verifique se está relacionada com seu ciclo menstrual. Se não for este o caso e aparecerem outros sintomas, consulte seu médico imediatamente.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

Se pretende ler mais artigos parecidos a Ardência nos seios: causas e tratamentos, recomendamos que entre na nossa categoria de Sistema reprodutor feminino.

Referências
  1. Espínola-Docio, B., Costa-Romero, M., Díaz-Gómez, N. M., & Paricio-Talayero, J. M. (2016). Mastitis: Puesta al día. Archivos argentinos de pediatría, 114(6), 576-584.