Doença de Crohn: sintomas e tratamento

Doença de Crohn: sintomas e tratamento
Imagem: wikipedia.org

Nem sempre uma comum diarreia com dor abdominal é algo tão simples como um desconforto temporário, podendo ser um sintoma de algo mais complicado. É o caso da doença de Crohn, que causa inflamação em qualquer parte do sistema digestivo como intestinos, cólon, estômago, duodeno e até mesmo boca e ânus. Uma maneira de detectar a doença é a presença de uma diarreia severa. No ONsalus explicamos tudo sobre a doença de Crohn: sintomas e tratamento.

Sintomas de doença de Crohn

A cada 100 mil pessoas, 5 são vítimas da Doença de Crohn, classificadas conforme o sítio do corpo em que se desenvolve e como se manifestam os seus sintomas. Basicamente, o que ocorre é a inflamação da parte interna do intestino como reação a uma atividade intensa e fora do normal das defesas nesse setor. Isso provoca lesões ou úlceras e segregação excessiva de mucosas na parede do intestino. As consequências da inflamação incluem a perda de capacidade de absorver água, produzindo assim diarreia com presença de sangue das lesões e mucosidade.

Outras coisas que podem acontecer a quem sofre da doença de Crohn são a redução de apetite e de peso. Além disso, a perda de sangue causada pelas úlceras pode levar a uma anemia e, consequentemente, um cansaço contínuo. Em alguns pacientes, foi detectada vermelhidão e coceira nos olhos, inflamação das articulações, feridas na boca e sensibilidade na pele. Neste sentido, é importante destacar que a doença pode também levar a complicações mais sérias, como obstrução intestinal e fístulas, que são passagens anormais entre o intestino e outras partes do corpo.

Ademais, alguns pacientes relatam febre e fadiga extrema, sintomas que podem piorar durante os surtos da doença. Cabe ressaltar que os sintomas podem variar significativamente de uma pessoa para outra, tornando o diagnóstico precoce e o acompanhamento regular ainda mais cruciais para o manejo adequado da condição.

Doença de Crohn: causas

A má notícia é que os especialistas não conhecem a causa da doença de Crohn. Se suspeita de uma possível transmissão hereditária, um gene que causa sensibilidade a certos elementos ambientais não identificados. Assim como as alergias na primavera, muitas pessoas sofrem porque são sensíveis ao pólen de algumas plantas. A doença de Crohn, embora ninguém saiba qual é o seu agente desencadeador no ambiente (se é que existe), surge do mesmo jeito. Esta "alergia" faz com que o nosso sistema imunológico ataque o trato gastrointestinal continuamente, o que provoca a irritação e a inflamação.

Por outro lado, estudos sugerem que fatores ambientais, como o consumo de cigarro e uma dieta rica em gorduras e alimentos processados, podem elevar o risco de desenvolver a doença. Da mesma maneira, infecções bacterianas ou virais anteriores podem desencadear ou agravar os sintomas em indivíduos predispostos. No entanto, a interação entre esses fatores externos e a predisposição genética ainda precisa ser mais bem compreendida.

Tratamento para doença de Crohn

Não existe uma cura para a doença de Crohn, que afeta tanto homens como mulheres desde idades tão precoces como entre os 13 ou 15 até aos 30 anos de idade. Os sintomas tendem a ter épocas em que melhoram e outras em que se acentuam, razão pela qual os pacientes devem estar sempre sob constante vigilância médica.

O tratamento da doença de Crohn consiste, em primeiro lugar, em evitar a má nutrição devido à perda de apetite e desidratação causada pela diarreia. São recomendados suplementos vitamínicos, comer várias vezes ao dia e em quantidades reduzidas, evitar demasiada fibra, gorduras e molhos, bem como alimentos que possam causar gases estomacais como os legumes.

Quanto aos medicamentos, os médicos podem receitar antibióticos, anti-inflamatórios e supressores do sistema imunológico. Se os sintomas chegam a ser graves, pode ocorrer a necessidade de internamento no hospital para que seja colocada uma solução hidratante intravenosa ou para realizar uma cirurgia caso surjam fístulas, que são ligações entre os órgãos ou partes do corpo que não deveriam existir.

Por exemplo, em casos onde a obstrução intestinal é significativa, uma cirurgia pode ser necessária para remover partes afetadas do intestino. Cabe destacar que a adesão à medicação prescrita e ao acompanhamento nutricional é fundamental para a manutenção da qualidade de vida dos pacientes. Em paralelo, terapias alternativas, como a acupuntura e a terapia cognitivo-comportamental, têm mostrado benefícios na redução do estresse, o que pode ajudar a controlar os sintomas.

Outro aspecto importante do tratamento é o suporte emocional e psicológico. Viver com uma condição crônica pode ser desafiador, e grupos de apoio podem proporcionar uma rede valiosa de suporte e troca de experiências entre os pacientes.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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