Escape de Urina em Mulheres Jovens - Causas e Tratamento

Escape de Urina em Mulheres Jovens - Causas e Tratamento

Nem só as mulheres mais velhas podem sofrer de incontinência urinária - as mulheres jovens também podem apresentar este problema e ter sua qualidade de vida significativamente afetada. O escape de urina em mulheres jovens pode estar associado a uma doença séria, além de poder ocorrer de forma ocasional ou recorrente, motivo pelo qual em qualquer caso é necessário se consultar com o médico especialista para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado para cada caso.

Nesse artigo do ONsalus explicamos tudo sobre o escape de urina em mulheres jovens: causas e tratamento.

Obesidade

Frequentemente, os escapes de urina costumam ocorrer em mulheres jovens com sobrepeso ou obesidade, visto que há uma sobrecarga significativa do assoalho pélvico que favorece a incontinência, justamente ao espirrar, tossir ou realizar atividade física.

Além disso, essa condição gera uma necessidade repentina e intensa de urinar o tempo todo, e a perda de urina pode aparecer devido à mobilidade limitada que muitas mulheres com esse problema possuem, sobretudo na hora de ir ao banheiro.

Tratamento

É indispensável reduzir o peso corporal para diminuir os episódios de incontinência ou escape da urina nesses casos. Essa é uma das maneiras mais eficazes de obter mudanças significativas na diminuição da pressão sob a bexiga.

Uso de medicamentos

Às vezes, quando as mulheres estão realizando algum tratamento médico que inclui medicamentos como sedativos, antidepressivos, antipsicóticos, diuréticos, relaxantes musculares ou remédios para a pressão arterial, podem sofrer com o escape de urina como efeito colateral.

Esses medicamentos podem dilatar os vasos sanguíneos para reduzir a pressão, relaxar os músculos da bexiga ou ativar os ruins para liberarem o excesso de água e sal do corpo. Nesses casos, a incontinência é transitória, entretanto, é importante ficar atenta aos sintomas, pois caso se intensifiquem e prejudiquem o desempenho diário, é necessário ir ao médico avaliar a possibilidade de uma mudança de medicação.

Tratamento

Nesses casos, a maneira de controlar o escape de urina é através de uma avaliação médica quanto aos medicamentos que se esteja tomando, tanto os com retenção de receita quanto os de venda livre, para determinar a possibilidade de ajuste da dose, mudança de tratamento ou, pelo contrário, suspendê-lo e avaliar opções alternativas.

Doenças neurológicas

Algumas doenças neurológicas como esclerose múltipla, Parkinson, diabete, AVC, entre outras, causam o escape de urina devido à hiperreflexia vesical, portanto não há relação entre os sintomas neurológicos e urinários.

Além disso, essas doenças usualmente ocasionam alterações no trato urinário, causando problemas de enchimento e retenção da urina. Esses sintomas variam de acordo com a idade da pessoa e a complexidade da doença.

Tratamento

Tratar a incontinência urinária por doenças neurológicas depende necessariamente da avaliação e supervisão conjunta entre neurologistas e urologistas para a prescrição do tratamento adequando, que permita reforçar a resistência da retenção urinária por meio de medicamentos, terapia ou cirurgia, conforme o caso.

Lesões na bexiga

As lesões da bexiga normalmente surgem de feridas na pelve devido a um acidente de trânsito, uma queda ou qualquer dano acidental nessa área. Essas lesões devem ser tratadas prontamente, pois o quadro clínico pode se complicar e causar sintomas graves como micção frequente e incontrolável, sangramento persistente, infecção, dor intensa na pelve, etc., como consequência de uma alteração no assoalho pélvico.

Nesses casos, o importante é ir imediatamente ao médico para avaliar o dano ou alteração da bexiga se estiver ocorrendo este escape de urina frequentemente.

Tratamento

Nessas situações, recomenda-se uma avaliação detalhada pelo médico especialista, por meio de exames específicos como ecografia e cistografia para determinar o tratamento adequado, que geralmente é por via cirúrugica.

Cistocele

A cistocele é uma doença que costuma afetar algumas mulheres em particular, como aquelas que têm a sensação de não ter a bexiga totalmente esvaziada após urinar, ou que tem vontade de urinar o tempo todo e até incontinência urinária. Isso ocorre quando a bexiga cai de sua posição habitual na pelve e empurra a parede da vagina. Deve-se a um assoalho pélvico enfraquecido como resultado de muita pressão sobre ele, por exemplo, por um parto vaginal, sofrer de constipação crônica ou levantar objetos pesados.

A bexiga caída é incômoda, mas não é dolorida; contudo, diante de qualquer desconforto ou sensação de nódulo de tecido na vagina, é fundamental ir rapidamente ao ginecologista, já que essa situação frequentemente leva a infecções.

Tratamento

De acordo com o grau da cistocele, os tratamentos para o escape de urina nestes casos geralmente baseiam-se em terapias pélvicas, uso de medicamentos ou cirurgia.

Gravidez

Durante a gravidez, é muito comum ter escapes de urina devido às mudanças hormonais e pela pressão extra sobre a bexiga. Particularmente, nos primeiros meses da gravidez, a vontade de urinar é muito frequente, motivo pelo qual a incontinência pode ser um sintoma comum, precisamente, ao espirrar, tossir ou se esforçar. Esse desconforto não é uma preocupação, e tende a passar após a gravidez.

Tratamento

A incontinência urinária durante a gravidez é normal, já que quanto maior for a pressão no assoalho pélvico, a vontade de urinar aumenta, especialmente no último trimestre da gestação. O recomendado é fazer exercícios para fortalecer os músculos da bexiga, evitar tomar bebidas gaseificadas ou com cafeína e manter um peso saudável.

Neste outro artigo você pode saber mais sobre infecção urinária na gravidez: sintomas e tratamento.

Agora que você já conhece as principais causas e o que fazer em cada caso de escapes de urina em mulheres jovens, não perca este outro artigo sobre úlceras genitais em mulheres.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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