Espinha na vagina - causas e tratamentos

Espinha na vagina - causas e tratamentos

A pele da vagina é muito delicada, sendo uma das partes mais sensíveis da pele feminina. Por esta razão, você deve protegê-la e estar atenta para qualquer alteração irregular que possa surgir: manchas, erupções, mudanças de cor, irritações, alergias, inflamações ou espinhas. Perante qualquer uma destas mudanças, é importante que você consulte o seu ginecólogo para que ele te ajude a descobrir o que está acontecendo.

As espinhas na vagina são pequenas erupções que, muitas vezes, surgem nos grandes lábios. Embora possam ser causadas pela depilação com lâmina, também podem ser um sintoma da presença de algum fungo vaginal. Descobrir a origem deste tipo de lesões é fundamental para encontrar o tratamento adequado. Por esta razão, nesse artigo do ONsalus vamos falar sobre as espinhas na vagina: causas e tratamento.

Espinhas na vagina: causas

As espinhas na vagina podem aparecer em diferentes regiões da sua zona íntima como o orifício vaginal, a periferia dos lábios ou no interior da vagina, embora sejam mais comuns nos grandes lábios. Estas lesões podem surgir por distintas causas e entre as causas mais comuns encontramos:

Folículo piloso

É a causa mais comum quando a presença de espinhas na vagina é provocada por uma infecção de um poro. O aspecto da lesão é muito semelhante ao de uma espinha, só que nesses casos a espinha parece muito mais vermelha e inflamada em torno de uma ponta de pus. Como a pele da vagina é muito mais elástica e úmida que o resto do corpo, é comum que a infecção do folículo crie uma dor muito mais aguda e insuportável ao toque Na grande maioria dos casos, a espinha drena o pus e a lesão se cura sozinha, diminuindo assim a dor e a inflamação por completo após alguns dias. A infecção dos poros na vagina é muito comum como consequência de depilação com cera ou com lâmina.

Algumas infecções vaginais produzidas por mudanças ou alterações na flora bacteriana da vagina podem causar o aparecimento de pequenas espinhas que vêm acompanhadas com ardência ou coceira e com cheiro forte. Nesses casos, é extremamente importante procurar um médico, já que é necessário realizar um exame da zona para determinar que tipo de bactéria você contraiu e qual é o tratamento mais adequado para essa condição.

Condilomas acuminados

Os condilomas acuminados, também conhecidos como verrugas genitais, são pequenas lesões cutâneas que surgem em redor do ânus e da vagina, como resultado da infecção por alguma das distintas estirpes do vírus do papiloma humano. Estas condições não têm um aspecto de espinha mas sim de pequenas verrugas com formato de couve-flor. Este vírus se transmite sexualmente e geralmente não causa nenhum sintoma. Descubra mais detalhes no artigo HPV em mulheres: sintomas e tratamento.

DST que parece espinha

Algumas doenças sexualmente transmissíveis, como o vírus do herpes genital, podem causar lesões cutâneas que começam com uma espécie de espinhas na vagina, mudando depois para o seu formato natural. Quando se trata deste vírus, as lesões são rosa, surgem muito juntas em um só lugar e têm mais aspecto de bolha que de espinha. O vírus do herpes genital não tem cura, pelo que o tratamento médico é necessário para controlar e prevenir os surtos. Febre, debilidade, falta de apetite, dores musculares e glândulas linfáticas inflamadas são sintomas que acompanham as lesões cutâneas.

Espinha na vagina: como tratar?

O tratamento das espinhas na vagina depende da causa que as origina:

Foliculite

Geralmente, esta condição se cura sozinha quando a espinha drena o pus e começa a diminuir a infecção. Evite remover a espinha, já que para além de ser doloroso pode machucar ainda mais a pele delicada da vagina. Se você permitir que a lesão progrida sozinha, você vai esquecer ela no final de uma semana. Para prevenir que isso volte a acontecer, evite raspar a seco, dê preferência a um creme emoliente ou aposte na depilação a laser.

Infecção vaginal

Uma vez que se conhece o nome do fungo ou da bactéria que está causando as espinhas na vagina e a coceira, o mais normal é que o ginecologista receite a aplicação de um creme tópico ou a introdução de óvulos no interior da vagina. Quando a infecção é muito forte, é necessário tomar antibióticos. Para evitar que esta patologia se repita, o seu parceiro também deve receber tratamento.

Herpes genital

Como referimos anteriormente, a infecção por herpes genital não tem cura, mas é uma condição que pode ser controlada. O tratamento do herpes genital consiste em medicação para aliviar a dor, ardência, formigueiro e coceira nas úlceras durante um surto. Se a pessoa tem estes surtos com frequência, é provável que tenha de tomar estes medicamentos diariamente.

HPV (Vírus do papiloma humano)

Hoje em dia existem muitas alternativas para tratar os condilomas que a infecção cria pelo vírus do HPV. Entre os métodos mais bem sucedidos se encontram os medicamentos tópicos, congelamento das verrugas para a sua eliminação (criocirurgia), queimar as verrugas (eletrocauterização), aplicação de laser nas verrugas (cauterização) e a cirurgia. A eliminação das lesões cutâneas não garante a eliminação do vírus. Se você tem ou já teve verrugas genitais, todos os parceiros sexuais devem ser examinados por um médico, já que correm o risco de infecção se tiverem sido praticadas relações sexuais sem camisinha.

A importância da higiene

Quando as espinhas na vagina são consequência de um poro infetado, fungos ou bactérias, a higiene é extremamente importante para prevenir o seu surgimento. O ideal é manter a sua vagina limpa utilizando um gel para a zona intima, cujo pH seja neutro e que não tenha cheiro, pois só assim podemos garantir que a flora bacteriana da vagina não se altera com o uso de químicos que estimulem a proliferação de germes.

Do mesmo jeito, é recomendável que você evite as duchas vaginais, pois eliminam tanto as bactérias más como as bactérias boas da zona íntima, deixando assim a vagina totalmente exposta a qualquer micro-organismo. Por sua vez, os desodorizantes íntimos contêm químicos e perfumes que estimulam a proliferação de bactérias na vagina, causam irritação e são uma das principais causas de infecção vaginal.

Para evitar a infecção dos poros devido à depilação com lâmina, raspe a área do biquíni usando creme para barbear, já que o produto hidrata a pele e evita que o pelo fique encravado. Também recomendamos que você dê preferência à depilação a cera, pois elimina mais quantidade de pelos pela raiz. Sem dúvida que a melhor maneira de esquecer este problema é optar pela depilação a laser que, embora possa ser um pouco dispendiosa e dolorosa, evidencia resultados logo após 3 sessões.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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