Íngua na axila: causas e tratamento

Íngua na axila: causas e tratamento

Os gânglios linfáticos agem fundamentalmente como filtros ou defesas encarregados pela captura de todas as possíveis causas de doenças em nosso organismo, por isso que são encontrados na forma de rede e espalhados em todo nosso corpo, formando o sistema linfático.

A inflamação dos gânglios linfáticos corresponde, na maioria dos casos, a um quadro de infecção viral ou bacteriana e, em menor proporção, à presença de câncer em alguma parte do corpo, situação que levaria os glóbulos brancos a tentar defender o corpo humano. Esta condição é medicamente conhecida como linfadenite ou adenopatia e o tratamento dependerá da causa a ser tratada. Os que estão localizados nas axilas são fáceis de apalpar ou tocar, já que geralmente mantêm um tamanho estável, exceto quanto passam por quadros infecciosos, nos quais aumentam de tamanho. Se quer saber mais sobre este tema, te convidamos para que continue lendo este artigo do ONsalus sobre a íngua na axila: causas e tratamento.

Íngua na axila: causas

Os gânglios linfáticos ou íngua são um grupo celular com formato de feijão, formado por linfócitos e macrófagos (células que filtram o agente invasor e os destroem). Assim como explicamos na introdução, eles estão distribuídos em todo o corpo, sendo mais perceptíveis após inflamarem, especialmente aqueles localizados no pescoço, virilha, abaixo do queixo e nas axilas, também sendo possível sofrer com os gânglios inflamados na virilha ou gânglios inflamados no pescoço.

Em sua maioria, a inflamação dos gânglios linfáticos são autolimitadas, uma vez que se trata de uma condição benigna; sendo, raramente, uma causa grave. O número de gânglios nas axilas varia de indivíduo para indivíduo, mas costumam oscilar entre 20 e 40 gânglios.

Íngua na axila: principais causas

O processo inflamatório dos gânglios gira entorno de processos infecciosos de qualquer tipo, isso inclui:

  • Doenças virais: tais como a parotidite, a varicela ou catapora, o sarampo, a rubéola ou a mononucleose, também conhecida como a doença do beijo, causada pelo vírus do Epstein Barr.
  • Doenças bacterianas: como a doença de Lyme, transmitida por carrapatos.
  • Efeitos colaterais de medicamentos: especialmente após a administração de anticonvulsivos.
  • Reações à vacinas: principalmente contra a rubéola, a parotidite e o sarampo.
  • Doenças sexualmente transmissíveis: como a sífilis ou o HPV (vírus do papiloma humano).
  • Otite: se trata de um processo infeccioso-inflamatório do ouvido externo, médio ou interno, cuja manifestação clínica começa com dor e sensibilidade no ouvido, febre e inflamação dos gânglios linfáticos cervicais, submentonianos e axilares.
  • Faringite: é uma infecção viral ou bacteriana na garganta que provoca inflamação e dor na mesma. Além disso, pode manifestar dificuldade para engolir, ressecamento, dor de cabeça, inflamação dos gânglios linfáticos cervicais e axilares.
  • Sinusite: se trata de um processo infeccioso-inflamatório dos seios paranasais causado por bactérias, vírus, fungos ou processos alérgicos.

Gânglios linfáticos inflamados na axila: outras causas

Outras causas menos frequentes, mas igualmente plausíveis de se ter uma íngua na axila, são:

  • Causas menores: a inflamação das axilas também pode ser devida a um resfriado comum, dengue, zika, pneumonia ou bronquite.
  • Causas cutâneas: dentro das causas associadas à inflamação ganglionar axilar, podemos incluir as que são causadas por processos inflamatórios próprios da pele, seja após uma ferida depois da depilação, por inflamação dos folículos pilosos, celulite, lipoma, cistos sebáceos, abcessos de pele, abscessos dentários ou reações adversas a um material estranho por causa de implantes mamários.
  • Problemas graves: em casos graves, a presença de gânglios inflamados nas axilas pode estar relacionada com a existência de um linfoma de Hodking ou não Hodking, assim como um câncer de mama, leucemia ou a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA).

Sintomas graves da íngua na axila

Além da própria inflamação dos gânglios localizados na região das axilas, cada uma das causas da ínglia na axila costuma vir acompanhada com uma série de sintomas associados. No entanto, o que mais devemos prestar atenção são os sinais de alerta que nos indicam se devemos consultar um médico imediatamente:

  • Febre que não diminui mesmo tomando antipiréticos.
  • Sudoração intensa.
  • Perda de peso sem outra causa aparente.
  • Gânglios que não diminuem de tamanho com o passar dos dias.
  • Aumento da temperatura na região do gânglio.
  • Dor intensa.
  • Contorno irregular do gânglio.
  • Gânglio palpável e duro.
  • Pele avermelhada ou eritematosa.

Íngua na axila: dúvidas frequentes

A seguir, mostramos uma série de dúvidas frequentes sobre este assunto.

O que acontece quando um gânglio fica inflamado e dói?

A inflamação dos gânglios das axilas não representa, necessariamente, um problema grave. No entanto, em alguns casos, pode levar a um problema maior, como por exemplo a formação de abscessos, ou seja, o acúmulo de pus no interior da área ganglionar com conteúdo bacteriano.

Quanto tempo demora para desaparecer as ínguas na axila?

A resposta para esta dúvida dependerá da causa inicial e do tratamento que tiver sido feito, mas é provável que continuem visíveis e palpáveis por volta de 2 semanas a 1 mês.

O tamanho da íngua na axila é importante?

No caso da região axilar, o tamanho da íngua será relevante se passar de 1 cm de diâmetro, diferente da virilha, onde o tamanho pode ser de até 2 centímetros e não representar uma condição para a saúde.

Um nódulo doloroso na axila é grave?

Nem sempre existe uma relação entre a dor do gânglio inflamado e a condição a ser tratada, por isso, ela sozinha não pode ser considerada um critério de gravidade.

É grave o fato do gânglio da axila ser duro?

Sim, geralmente um gânglio mole está relacionado com uma leve infecção. No entanto, se o gânglio estiver duro, poderíamos estar diante de um câncer.

Quanto mais velho, maiores a chance de ser algo maligno?

Não é um dado discrepante, mas sim, existe uma leve relação entre pessoas mais velhas e maior prevalência de doenças graves.

Todos os sintomas são importantes?

Sim, a manifestação de qualquer sintoma da íngua na axila é importante na hora de diagnosticar qualquer infecção maligna.

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Tratamento para a íngua na axila

Não existe um tratamento definido para a inflamação dos gânglios das axilas, o que deve ser tratado, na verdade, é a causa que gera a adenopatia. Além disso, caso se trate de uma infecção viral, a inflamação desaparecerá sozinha. Em casos mais graves, o médico dirá para fazermos alguns exames necessários para diagnosticar o problema e, desta forma, proceder com o tratamento adequado. Em resumo, o tratamento para os nódulos nas axilas será:

  • Repouso físico: é importante tentar não fazer grandes esforços físicos, assim como não vestir roupas muito justas, a fim de evitar dor nas axilas inflamadas.
  • Se manter bem hidratado: uma hidratação adequada te ajudará a melhorar o sistema linfático.
  • Antibióticos: somente no caso de se tratar de uma infecção bacteriana, onde o médico receitará os antibióticos necessários.
  • Analgésicos: caso haja dor.
  • Anti-inflamatórios: somente se o médico os recomendar, a fim de aliviar a sensibilidade no local.
  • Remédios naturais: alguns remédios caseiros, como o chá de eucalipto, são úteis para desinflamar os gânglios linfáticos.

Sempre será necessário buscar a origem ou a causa da inflamação do gânglio, indiferente de sua localização. O médico será o profissional indicado para decidir o tratamento, de acordo com o resultado do diagnóstico.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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Bibliografia
  • Estudio del paciente con adentopatías periféricas, de Jaime García Aguado (2010). Asociación Española de Pediatria en Atención Primaria. Disponível em: <https://www.aepap.org/sites/default/files/adenopatias.pdf>. Acesso em 7 de junho de 2021.