Palato ogival: o que é, causas e consequências

Palato ogival: o que é, causas e consequências

Uma causa frequente de ida ao médico de uma mãe com seu filho é que ele pode apresentar dificuldade na respiração, e quando o médico faz o exame físico nota algo chamado de palato estreito ou ogival, que se caracteriza por ser pelo estreitamento ou curvatura do centro do palato.

Este tipo de problemas está relacionado com o desenvolvimento da criança, sendo importante tratá-los a tempo, a fim de que sejam solucionados de modo rápido, eficaz e fácil. No ONsalus te falaremos sobre o que significa o palato ogival, quais são suas causas e quais são as consequências mais comuns de sofrer desta condição odontológica.

Palato ogival: o que é e suas causas

O palato está localizado na parte superior da cavidade oral e tem a forma de abóbada. É dividido em 2 partes fundamentais. Uma parte anterior chamada de palato duro e formada pelos ossos maxilar e palatino, e uma parte posterior chamada de palato mole, formada por tecido muscular.

O palato estreito ou palato ogival nada mais é que uma alteração estrutural do palato, na qual há uma elevação na parte central ou um arqueamento fortemente pronunciado, que se caracteriza por ter a forma de abóbada ao invés de ter uma forma arredondada, como acontece normalmente.

É caracterizado por um desenvolvimento incorreto dos ossos na fase de crescimento, este tende a ser muito mais estreito do que o normal e muito mais curvado na área central do palato.

Primeiramente, existe uma causa congênita para sofrer de palato ogival ou, simplesmente, pode ser devido a hábitos adquiridos durante a infância:

A primeira e mais importante delas é a respiração oral por consequência de uma obstrução nasal crônica como, por exemplo, pelo desvio do septo nasal, neste momento o que ocorre é que a língua não fica em contato permanente com o palato, como aconteceria normalmente, sendo obrigada a pressioná-lo constantemente. Quando este contato não ocorre, o desenvolvimento do palato pode ficar anormal, causando desta forma o palato estreito.

Além disso, outras duas importantes causas estão associadas:

  • O hábito de chupar o dedo polegar.
  • O uso excessivo ou prolongado de chupeta.

Ambos hábitos são capazes de deformá-lo e causar o característico palato ogival.

Sintomas de palato ogival

Sem sombra de dúvidas, uma das manifestações comuns que representa um motivo comum de consulta com o médico é a respiração anormal por parte das crianças, além disto, esta respiração anormal pode vir acompanhada de outros sinais como:

  • Dormir com a boca aberta.
  • Roncar.
  • Olheiras.
  • Oclusão anormal da mandíbula.
  • Dentes em apinhamento.
  • Dificuldade para se alimentar.
  • Alteração na deglutição.
  • Dificuldade para mastigar.

Palato ogival: consequências

Existem várias consequências para as pessoas que sofrem de palato estreito ou palato ogival:

  • Problemas na oclusão dentária: o que significa ter uma mordida imperfeita, onde os dentes superiores se sobrepõem aos dentes inferiores.
  • Mordida cruzada: é outro tipo de oclusão dentária caracterizada pelos dentes inferiores em uma posição chamada vestibular sobre os superiores.
  • Partes dentárias torcidas: que se não for tratado a tempo provavelmente precisará de um serviço ortodôntico no futuro.
  • Agravamento da respiração nasal: devido ao fato de que o palato ainda não fechou de forma apropriada.
  • Sorriso pouco estético: resultado da posição característica do palato estreito.

Palato ogival: tratamento

Considerando que o crescimento do rosto das crianças está 80% completo entre os 5 e 10 anos de idade, aproximadamente, esta é a idade ideal para resolver todos os problemas que a condição do palato ogival representa de acordo com os ortodontistas pediátricos.

A fase final de crescimento ósseo vai até aproximadamente os 12 anos, idade na qual ainda é possível trabalhar os ossos para moldá-los.

O ortodontista infantil indica que o tratamento ideal para corrigir a alteração do palato ogival é ampliar o palato com um aparelho chamado expansor ou disjuntor palatino.

Este aparelho é feito sob medida para o paciente e é colocado no maxilar superior, além disso, tem um parafuso chamado de parafuso de disjunção, que permite que o especialista o ative progressivamente para unir os dois lados do maxilar superior, conseguindo com isto abrir um pouco mais as vias respiratórias.

Uma vez terminada a fase de expansão do palato, durante aproximadamente 7 meses a um ano, este expansor é retirado pelo ortodontista e o palato da criança fica finalmente com um desenvolvimento ótimo para o resto da sua vida.

Logicamente, o tempo de duração do tratamento vai depender da situação de cada criança, assim como o grau de abertura que seu paladar tiver e de como vai responder ao tratamento que será realizado paulatinamente com o expansor palatino.

No caso de não fazer o tratamento para o palato ogival a tempo, isto é, durante a infância, o tratamento quando adulto será muito mais difícil e complicado devido a pouca maleabilidade que os ossos possui depois dos 12 anos.

Os pais devem ter em conta que, a partir do primeiro ano de idade, é importante que a criança seja avaliada por um dentista, sendo que ele fará a avaliação do paciente tanto preventiva quanto diagnóstica e de forma individualizada, assim como indicará o tratamento necessário e a duração do mesmo para a remissão total de quaisquer sintomas.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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