Parkinson: sintomas e tratamento

Parkinson: sintomas e tratamento

O nosso cérebro tem uma funcionalidade que permite coordenar o sistema motor das pessoas e, quando se padece de Parkinson, este sistema é afetado. Esta condição é uma doença degenerativa que provoca a deterioração ou a morte das células nervosas que se encontram na matéria negra do cérebro, zona que se encarrega precisamente de controlar os nossos movimentos. O motivo pelo qual isto ocorre ainda é desconhecido, embora se tenham encontrado alguns padrões em diferentes doentes como, por exemplo, terem padecido de infecções virais como encefalite, lesões na cabeça, etc.

Neste artigo do ONsalus, vamos falar sobre os sintomas de Parkinson que devem ser detectados o quanto antes para poder iniciar o tratamento o quanto antes e assim, melhorar a qualidade de vida do doente. Também indicaremos os distintos tratamentos de Parkinson que existem na atualidade para que você saiba quais as alternativas para o problema.

Mal de Parkinson

Comecemos por falar sobre a doença propriamente dita para entender do que falamos quando nos referimos a Parkinson. Como já dissemos anteriormente, se trata de uma doença que afeta as conexões cerebrais e se manifesta de forma progressiva. Atualmente, não existe cura para tratar esta doença, mas existem alguns medicamentos indicados para atenuar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

No cérebro, temos uma substância negra que contém dopamina e graças à qual podemos coordenar os nossos movimentos. A doença de Parkinson afeta esta zona cerebral, reduzindo a dopamina de forma considerável, que é o agente químico que se envia ao cérebro e com o qual é possível controlar o corpo. É por este motivo que os doentes de mal de Parkinson apresentam o sintoma característico de tremores nas mãos.

Além de tremores, a doença de Parkinson também produz outras alterações como uma lentidão nos movimentos, algo que aparece nas primeiras etapas da doença e que, geralmente, se associa à idade e à deterioração habitual. Em conversação, o paciente pode demorar mais tempo a responder pelo fato de a informação chegar mais lentamente ao cérebro. Por esse motivo, evite gritar com o doente, ele pode te ouvir perfeitamente.

Parkinson: sintomas

O mal de Parkinson é uma doença que se manifesta de forma lenta e progressiva e, por este motivo, muitas pessoas que sofrem dela ainda não sabem. Os primeiros sintomas que apresentam podem facilmente ser confundidos com dores da idade já que dificulta os movimentos, retarda a fala e faz a memória falhar, algo que geralmente é associado ao passar dos anos.

Em seguida, indicamos os primeiros sintomas de Parkinson, ou seja, aqueles primeiros efeitos que surgem no paciente e que podem anteceder o desenvolvimento da doença:

  • Dor nas articulações: é um dos primeiros sintomas que surge na doença e pode fazer com o doente tenha dificuldade para se mover e levar a cabo a sua rotina diária como limpar a casa, descer as escadas, etc.
  • Deterioração da capacidade motora: tal como foi dito, a Parkinson afeta a dopamina, por isso os sinais podem revelar que o controle de movimentos não é tão preciso como antes. Você vai notar, por exemplo, uma diferença na escrita, na forma mais lenta com que caminha, etc.
  • Exaustão: certas ações que o paciente antes fazia de forma automática passam a ser o mesmo que horas de treino físico intenso. Este esforço extra necessário produz cansaço e fadiga no paciente.

Fazer um exame médico para indicar se estes sinais são provocados pela doença de Parkinson é essencial. Caso o diagnóstico seja esse, o paciente terá de ser tratado imediatamente quando a doença já está totalmente instalada no corpo para poder controlar os sintomas de Parkinson. Estes sintomas são:

  • Tremores: Começam a aparecer nas extremidades como as mãos mas podem se expandir por todo o corpo. Tornam-se mais intensos quando a pessoa está nervosa ou, pelo contrário, quando está relaxado mas sem chegar a dormir;
  • Rigidez muscular: o doente geralmente se sente rígido, já que o seu cérebro não recebe corretamente as transmissões de movimento;
  • Lentidão nos movimentos: a conexão entre o movimento e o corpo se vê afetada, por isso, é habitual que o paciente esteja mais lento para se mover, para falar, para mudar de postura, etc.
  • Perda de expressividade facial: gesticular com o rosto também exige uma mensagem do cérebro, por isso, ao padecer de Parkinson essa mensagem vai sendo perdida, o que deixa o rosto muito mais impassível e sem expressão.

Parkinson: tratamento

Você deve saber que a doença de Parkinson não tem cura, pelo menos até os dias que correm. Quando falamos de tratamento, nos referimos à medicação que é receitada pelo médico e que está pensada para diminuir os sintomas que acabamos de mencionar, ou seja, melhorar a qualidade de vida do paciente. Estes medicamentos estão indicados para aumentar a produção de dopamina e, assim, controlar a deterioração da doença.

Os medicamentos mais receitados para tratar a Parkinson são os seguintes:

  • Levodopa: é o mais eficaz para conseguir evitar a rigidez muscular e poder controlar melhor os movimentos. Pode provocar efeitos secundários como a sonolência, alucinações, etc.;
  • Selegilina: Consegue bloquear a metabolização da dopamina, melhorando os seus níveis;
  • Anticolinérgicos: Consegue combater a rigidez e o tremor das mãos, mas também produz efeitos secundários como visão turva, alterações cognitivas ou constipação;
  • Amantadina: consegue reduzir os espasmos e os tremores próprios do mal de Parkinson, mas tem efeitos secundários como a insônia e a confusão.

Um dos aspectos mais importantes para tratar esta doença consiste na reabilitação física, algo que permite manter as funções motoras e os músculos em bom estado. Por este motivo, é essencial que o paciente realize exercício por, pelo menos, 30 minutos por dia. Contudo, antes de iniciar o treinamento, é imprescindível consultar o médico para que ele indique quais os exercícios mais recomendados para cada caso.

Existem exercícios para os braços, para as pernas e para o torso, mas também de logopedia indicados para melhorar a capacidade da fala e permitir que se possa manter uma fala correta sem apresentar demasiadas alterações. De qualquer das formas, no ONsalus recomendamos que você fale com um especialista para que ele faculte uma rotina de exercícios pensados especialmente para você.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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