Sêmen ácido: causas

Sêmen ácido: causas

O especialista pode indicar para o homem um exame de sêmen, conhecido como seminograma ou espermograma, a fim de analisar o estado dos espermatozoides e verificar quais características dos fluidos seminais estão corretas. Um destes parâmetros é o pH, que é ligeiramente alcalino e seu valor normal está entre 7,2 e 7,8, por isso que um resultado fora destes intervalos pode ser o reflexo de uma alteração seminal, que inclusive poderia pôr em risco a fertilidade do homem.

Geralmente, o pH abaixo de 7 é acompanhado de outras alterações no sêmen, como a baixa concentração de certos compostos, o volume ejaculado e a presença, ausência ou mobilidade dos espermatozoides. Determinar estas características ajuda a ter um diagnóstico mais preciso e definir o que está causando o pH baixo. Se você tem interesse em saber mais sobre o esperma ou sêmen ácido, te convidados a ler o artigo a seguir do ONsalus.

Causas do sêmen ácido

Essas são as 4 patologias que podem provocar esperma ácido:

  • Obstrução dos ductos ejaculatórios
  • Ausência dos ductos deferentes
  • Mau funcionamento das vesículas seminais
  • Doenças infecciosas ou inflamatórias crônicas

Continue lendo para saber mais sobre cada uma delas.

Obstrução dos ductos ejaculatórios

Os ductos ejaculatórios são pequenos tubos que começam com a união dos ductos deferentes, pelos quais os espermatozoides viajam desde o epidídimo e do ducto excretor da vesícula seminal, onde é formado 60 a 70% do volume do líquido seminal, e chegam na uretra prostática.

Uma das alterações nestes ductos são as obstruções congênitas ou adquiridas, sejam por cistos, traumas, cálculos, doenças inflamatórias, um mal procedimento cirúrgico ou a colocação de cateter na área, entre outros. O fechamento destes ductos impede a liberação do líquido seminal com os espermatozoides durante a ejaculação, ou seja, só são expelidos os fluidos prostáticos que têm um pH ácido e as secreções das glândulas bulbouretrais, que embora sejam alcalinas, são liberadas em uma proporção menor.

Devido a isto, é possível notar um volume reduzido de sêmen e a análise do mesmo determina a ausência total de espermatozoides e uma quantidade baixa de frutose, este último relacionado com o pH baixo, o que torna o esperma ácido.

Ausência dos ductos deferentes

Dentro das causas do sêmen ácido, cuja característica costuma vir acompanhada de outras alterações, como um volume muito baixo de tal fluido e a falta total de espermatozoides, destaca-se a anomalia conhecida como ausência bilateral congênita dos ductos deferentes. Como seu nome indica, o paciente não apresenta os ductos que normalmente comunicam o epidídimo com o ducto ejaculatório, para então liberar os fluidos de esperma e vesícula seminal que são incorporados quase no final.

Durante o desenvolvimento do feto existe, devido a uma mutação genética, uma interrupção no processo normal da manutenção dos ductos deferentes, fazendo com que nos mesmos seja produzida uma mucosa espessa, obstruindo e deteriorando-os antes do nascimento, por isso que é uma doença que já nasce com o bebê e é transmitida hereditariamente.

Afeta 1 de cada 1.000 homens da população mundial e é uma das principais causas de infertilidade masculina e da fibrose cística, que pode prejudicar o sistema respiratório e digestivo. Apesar de não existir tratamento para corrigir esta anomalia, os homens que desejam ter filhos podem fazer isso com a ajuda de técnicas de reprodução assistida.

Mau funcionamento das vesículas seminais

Nas vesículas ou glândulas seminais é produzido um líquido denso em hormônios e rico em açúcares, especialmente em frutose, que é o composto que dá ao sêmen um pH alcalino. Além disso, sua presença é necessária para que os espermatozoides tenham uma melhor mobilidade e também é utilizada como principal parâmetro para avaliar se tais vesículas estão funcionando corretamente.

Quando se faz um exame e o resultado indica sêmen ácido, pobre em frutose e com espermatozoides com pouca ou nenhuma mobilidade, pode estar indicando um problema nas glândulas seminais, que poderia ser congênito, como cistos ou a ausência das vesículas, ou adquirido, por exemplo, tumores, vesiculite, má recuperação de uma cirurgia nas vesículas ou qualquer doença que possa causar a obstrução do ducto excretor das glândulas seminais.

Doenças infecciosas ou inflamatórias crônicas

A infecção em alguma das partes do sistema reprodutor e urinário é a causa mais frequente do sêmen ácido, sendo os testículos, o epidídimo, a próstata e a uretra as estruturas mais afetadas por agentes patógenos, como bactérias e vírus, adquiridos em sua maioria via transmissão sexual. A invasão destes microrganismos pode alterar a qualidade e pH do sêmen, enquanto que a inflamação que desencadeiam pode obstruir qualquer nível na via seminal.

Além de se submeter a um espermograma, detectar logo alguma infecção seminal pode não ser fácil devido ao fato de que geralmente não manifestam sintomas graves. Por isso, deve-se ficar atento e ir consultar um médico caso sinta, por menor que seja, ardência ao urinar, irritação, coceira ou dor nos genitais, além de notar mudanças na coloração, odor e consistência do sêmen.

No seguinte vídeo, te indicamos algumas soluções para melhorar a qualidade do esperma:

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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