Aneurisma cerebral

Aneurisma cerebral: sintomas, tratamento e causas

 
Nídia Figueira
Por Nídia Figueira, Editora e redatora ONsalus. Atualizado: 7 fevereiro 2018
Aneurisma cerebral: sintomas, tratamento e causas

Um aneurisma cerebral é a existência de uma zona frágil numa artéria do cérebro. Como consequência, pode chegar a provocar dilatação num ponto da parede do vaso sanguíneo, exercendo pressão sobre o nervo ou acabar por se rasgar e provocar uma hemorragia. Um aneurisma pode ocorrer em diferentes níveis, sendo que algumas pessoas não manifestam sintomas além de uma dilatação ligeira. Esta dilatação pode ser produzida em qualquer zona do cérebro, mas é mais comum na parte inferior e na base do crânio. A principal causa de um aneurisma é o fator congênito, ou seja, de nascimento. Contudo, existem outras causas como a pressão arterial alta, lesões no crânio, infecção, tumores, etc. No ONsalus, explicamos as causas, tratamentos e sintomas do aneurisma cerebral.

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Índice

  1. O que causa aneurisma cerebral?
  2. Aneurisma cerebral - sintomas
  3. Aneurisma cerebral: tratamento
  4. Prevenção de aneurisma cerebral

O que causa aneurisma cerebral?

Existem diferentes fatores que podem provocar um aneurisma cerebral:

  • Fatores genéticos. Os aneurismas cerebrais são mais comuns em pessoas que apresentam algumas doenças genéticas. É provável que a pessoa tenha nascido com uma anomalia na parede arterial que provoca o desenvolvimento posterior do aneurisma. O tipo de aneurisma que costuma ser herdado de pais para filhos é conhecido como sacular.
  • Aneurisma por hábitos prejudiciais como o tabaco, álcool e drogas. Estes fatores aumentam a possibilidade de sofrer aneurismas pela fraqueza de uma parte da artéria do cérebro, sendo essencial ter um estilo de vida saudável.
  • O aneurisma cerebral pode ocorrer no cérebro de pessoas saudáveis como consequência de um traumatismo cranial. Ao receber um impacto na cabeça, um dos vasos sanguíneos é danificado, produzindo a dilatação. No entanto, isto apenas forma 1% dos casos.
  • Os anticoncepcionais orais. Foi provado que a ingestão de medicamentos contraceptivos orais está associada a problemas circulatórios, aumentando o risco de sofrer de aneurisma cerebral.
  • Aterosclerose. Consiste no endurecimento das veias produzido pelo acumulação de gordura, colesterol e outras substâncias nas paredes arteriais, formando placas que podem chegar a obstruir as artérias.

Aneurisma cerebral - sintomas

Os sintomas variam em função do estado do aneurisma cerebral já que, em alguns casos, apenas implica a dilatação do vaso sanguíneo sem provocar danos nem hemorragias. No entanto, quando o aneurisma provoca pressão nos nervos ou se rasga, podem surgir os seguintes sintomas:

  • Dor de cabeça. Consiste numa dor muito intensa que surge como consequência de uma pequena hemorragia. É conhecida como cefaleia e pode advertir para o desenvolvimento próximo de um aneurisma. É comum que a dor de cabeça seja acompanhada de náuseas e vômitos.
  • Problemas relacionados com a vista como: visão turva, visão dupla, perda de visão ou pálpebras caídas.
  • A pessoa que sofre de um aneurisma pode experienciar problemas de orientação, cansaço, sonolência, etc. Além disso, também podem surgir problemas relacionados com a fala, sintoma de algum dano cerebral, como dificuldade em expressar ideias e em entender o que as pessoas dizem. Além destes sintomas, também é comum que surja fraqueza muscular ou diminuição da mobilidade em alguma parte do corpo.
  • Diminuição da sensibilidade ou entorpecimento de alguma parte do corpo.
  • Outro sintoma menos comum mas que pode surgir quando se sofre de aneurisma cerebral é a rigidez ou dor no pescoço.

Aneurisma cerebral: tratamento

Cada aneurisma deve ser avaliado de forma distinta em função do seu tamanho, localização e risco de rutura, assim como da idade, saúde e antecedentes médicos do paciente. Caso o aneurisma tenha sido detectado antes de produzir hemorragia e não apresente um risco de rutura alto, pode ser feito um exame regular para garantir que se mantém estável. Neste caso, o médico pode avaliar se é melhor realizar uma intervenção para evitar a hemorragia do aneurisma ou se se deve continuar com o exame periódico para controlar o seu crescimento.

Caso o aneurisma tenha surgido recentemente, devem ser realizados exames a cada 6 meses, já que são os que apresentam um risco maior de crescer. Por outro lado, os pacientes que sofrem da presença de um aneurisma grande, com risco de rutura alto ou em casos em que existe hemorragia, necessitam intervenção cirúrgica urgente. Quando se produz uma hemorragia, costumam ser realizadas duas intervenções:

  • Clipado microcirúrgica. O objetivo é deter o fluxo sanguíneo até ao aneurisma. Isto é feito através da inserção de um clip que corta a circulação do vaso sanguíneo encarregue de subministrar sangue ao aneurisma. No geral, esta intervenção tem bons resultados, evitando o sangramento futuro do paciente. Se o aneurisma danificou a artéria, o médico pode considerar a opção de fazer uma clipagem para cerrar a artéria completamente.
  • Embolização endovascular. É uma alternativa microvascular que não implica cirurgia. Esta intervenção consiste na introdução de um cateter dentro de uma artéria, que no geral costuma ser a da virilha, para chegar ao aneurisma libertando um fio de platina maleável para deter o fluxo sanguíneo.

Prevenção de aneurisma cerebral

Não existe nenhuma forma clara de prevenir e evitar um aneurisma cerebral. A melhor opção é levar uma vida saudável: comer bem, praticar esporte e evitar o consumo de cigarros, álcool e drogas.

Por outro lado, os pacientem que sabem que têm antecedentes familiares devem realizar uma revisão periódica para detectar possíveis aneurismas. A detecção atempada de um aneurisma pode evitar a hemorragia com o tratamento adequado. Caso você esteja tomando medicamentos anticoncepcionais, consulte o seu médico para saber mais sobre estes fármacos e os seus possíveis efeitos.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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