Arritmia

Tipos de arritmias cardíacas, sintomas e tratamento

 
Redação ONSalus
Por Redação ONSalus. 9 fevereiro 2021
Tipos de arritmias cardíacas, sintomas e tratamento

O coração é um dos órgãos essenciais do corpo humano, uma vez que é o encarregado por bombear o sangue ao resto do corpo. A forma que o coração impulsiona o sangue para o corpo acontece através da sua contração e relaxamento de forma rítmica, originando o que conhecemos como frequência cardíaca. A frequência cardíaca é o número de contrações por minuto que o coração possui e, em um adulto normal, quando em repouso, costuma ser de 60 a 100 batimentos.

O coração, por sua vez, é um órgão que sofre com muitas alterações e precisa ser cuidado. Em alguns casos, as pessoas dizem ter um ritmo cardíaco muito acelerado, muito lento ou que bate de forma irregular. Muitas dessas vezes não sabemos o que é que pode estar causando esta arritmia cardíaca. É por isso que no ONsalus queremos te explicar detalhadamente os tipos de arritmias cardíacas, sintomas e tratamento, para que saiba diferenciá-las através de seus sintomas e aprender como tratar este problema.

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Índice

  1. Tipos de arritmias cardíacas
  2. Sintomas das arritmias cardíacas
  3. Tratamento para as arritmias cardíacas

Tipos de arritmias cardíacas

Uma arritmia é um transtorno que ocorre na frequência ou batimento cardíaco, o qual se origina por uma alteração na condução elétrica do mesmo, seja porque os sinais estão sendo bloqueados ou atrasados. Esta condução ajuda na contração do coração.

Consequentemente, os batimentos do coração podem se tornar mais rápidos do que o normal (taquicardia) ou mais lentos (bradicardia), e dependendo de onde ocorram, podem ser divididos em supraventriculares e ventriculares. Os supraventriculares são os gerados por cima dos ventrículos (aurículas) e os ventriculares acontecem nas cavidades inferiores. A seguir, te falaremos e explicaremos quais são os tipos de arritmias cardíacas que podem acontecer:

Supraventriculares

  • Fibrilação atrial: é um tipo de frequência rápida e irregular, é grave e ocorre porque o impulso não é gerado no nó sinusal, sendo gerado em outra parte dos átrios, podendo provocar até 300 batimentos por minuto.
  • Taquicardia supraventricular: produz por volta de 150-200 batimentos por minuto, sendo uma frequência alta, mas regular.
  • Flutter ou flutter atrial: seus sintomas são similares à fibrilação atrial, mas sua intensidade é menor.
  • Síndrome de Wolf-Parkinson-White: seu principal sintoma principal é a taquicardia. Ocorre porque seu sinal elétrico é conduzido por uma via acessória desde os átrios até os ventrículos, isto significa que o sinal chega antes aos ventrículos e volta até os átrios, produzindo um aumento da frequência cardíaca.

Ventriculares

  • Taquicardia ventricular: significa que é um batimento rápido (por volta de 120 batimentos por minuto). Em geral aparecem depois de um infarto ou por doenças que afetam o coração. Ocorre porque algumas áreas na via de condução elétrica assumem o papel do nó sinusal de controlar os batimentos.
  • Fibrilação ventricular: gera uma frequência insuficiente e rápida e ocorre porque o coração não bombeia o sangue corretamente. É associada a doenças nas artérias coronárias e pode aparecer depois de um infarto. É uma forma muito grave, produzindo até 300 batimentos por minuto, causando vários impulsos ao mesmo tempo, o que faz com que o coração bombeie muito pouco sangue ao cérebro.
  • Extrassístole ventricular: significa que os ventrículos se contraem antes do que deveriam, contudo se trata de uma forma menos grave de arritmia, em geral, as extrassístoles não são perigosas. Surgem durante o consumo de cafeína, tabaco, chá ou chocolate. Além disso, outros dos fatores que podem provocar arritmias são o consumo de drogas, álcool, medicamentos antidepressivos e antipsicóticos, e o estresse.
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Sintomas das arritmias cardíacas

Os sintomas das arritmias cardíacas são similares em quase todos seus tipos, a seguir listaremos os mais comuns:

  • Palpitações;
  • Cansaço;
  • Dor no peito;
  • Confusão;
  • Batimentos rápidos ou irregulares;
  • Falta de ar;
  • Fraqueza;
  • Tonturas ou desmaio: geralmente presente em pessoas que sofrem a Síndrome de Wolf-Parkinson-White;
  • AVC: em casos de fibrilação ventricular a pessoa está mais propensa a sofrer um derrame.

Tratamento para as arritmias cardíacas

Existem diferentes medicamentos que podem ser usados para diminuir a frequência cardíaca. Estes medicamentos, conhecidos como antiarrítmicos, sempre devem ser receitados e controlados por um médico e, entre eles, destacam-se os seguintes:

  • Medicamentos betabloqueantes: como o metoprolol e atenolol.
  • Bloqueadores dos canais de cálcio: como o diltiazem e o verapamil.
  • Outras medicamentos: são o sotalol, a flecainida, o propafenona, a dofetilida, a ibutilida, a procainamida e a disopiramida, entre outros, contudo, estes podem causar efeitos colaterais.

Além do tratamento medicinal receitado pelo cardiologista, existem outros procedimentos para tratar algumas arritmias, como a cirurgia. Quando a arritmia provoca uma frequência cardíaca lenta, não existe um medicamento em específico para seu tratamento, nestes casos, o mais comum é que sejam utilizados marcapassos.

Outro tratamento é a estimulação do nervo vago, consiste em afetar o nervo vago fazendo exercícios para deter ou diminuir as arritmias supraventriculares. Exemplos deste tipo de exercícios são:

  • A manobra de Vasalva: a pessoa tampa o nariz e a boca, soprando pelo nariz sem deixar o ar sair;
  • Submergir o rosto em água fria;
  • Tossir.
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Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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