Dermatomicose: Infecções por fungos na pele


As infecções por fungos, conhecidas medicamente como dermatomicoses, embora geralmente não sejam graves, são muito incômodas para quem as tem. Os fungos tendem a ser habitantes normais da pele; no entanto, fatores como um sistema imunológico deprimido, a umidade ou outras condições costumam aumentar sua presença. Diante da falta de tratamento, isso pode transformar-se em um problema, visto que esses organismos permanecem na nossa pele por longos períodos de tempo. Neste artigo do ONsalus.com.br, explicamos o que você deve saber sobre a dermatomicose e como tratar e prevenir as infecções por fungos na pele.
O que são os fungos?
Os fungos pertencem ao reino vegetal, mas se diferenciam porque não contêm clorofila, portanto, não são capazes de sintetizar seu alimento através da luz solar. Deste modo, é comum vê-los crescer em zonas escuras. Esses organismos se nutrem através da degradação dos detritos à sua volta. Quando se instalam no ser humano, alimentam-se de restos celulares, e então ocorre a chamada dermatomicose.
A menos que sua formação e crescimento sejam controlados, eles acabam afetando a saúde da nossa pele, causando desconfortáveis sintomas como:
- Vermelhidão na região afetada
- Coceira intensa
- Dor na região afetada
- Fissuras e rachaduras na pele
Além desses sintomas, algumas pessoas podem experimentar sensibilidade aumentada na área afetada, o que pode levar a um desconforto contínuo. É importante observar que, em alguns casos, a infecção por fungos pode predispor a pele a outras infecções bacterianas, tornando a situação mais complexa e exigindo um acompanhamento médico mais rigoroso.

Classificação das dermatomicoses
Existem as micoses superficiais e profundas. Vamos nos focar nas primeiras; as segundas crescem por baixo da pele, chegando a afetar órgãos e sendo, geralmente, mais agressivas. As dermatomicoses superficiais dividem-se em:
- A candidíase: Ocorre por problemas de imunidade, assim como em situações onde as defesas naturais são esgotadas, por exemplo, quando abusamos de antibióticos. É muito comum que esse fungo se deposite em regiões úmidas e quentes. É habitual vê-lo em pessoas obesas ou diabéticas. Também é comum que as mulheres desenvolvam candidíase vaginal pelo fato de usarem anticoncepcionais orais.
- As dermatofitoses: Afetam exclusivamente as regiões com queratina, como o cabelo, as unhas e a superfície da pele. São as famosas Tinhas (Tinea). Em casos graves, existem lesões na pele que podem supurar (verter pus).
- As saprófitas: Também denominadas de tinha versicolor, são uma das mais comuns do mundo. É uma micose crônica, leve, moderada e geralmente assintomática. É originada pelo Malassezia furfur e caracteriza-se pelas manchas de cor marrom, rosado ou branco, sobretudo no tronco e nos braços.
Além dessas classificações, é importante estar atento a outras formas de micoses que podem surgir em condições específicas, como a micose em atletas, que é comum em pessoas que frequentam ambientes úmidos e compartilham equipamentos esportivos. Neste sentido, a conscientização e o conhecimento sobre as diferentes formas de dermatomicoses são fundamentais para prevenir e tratar essas infecções de maneira eficaz.

Como se diagnosticam os fungos na pele?
Para diagnosticar este tipo de dermatomicose, é necessário visitar um dermatologista. O especialista utilizará métodos simples, como lâmpadas com uma luz especial ou a coleta de uma amostra para ser examinada no microscópio, determinando posteriormente a origem do problema. Na maioria dos casos, uma simples revisão permite ao especialista reconhecer à vista desarmada do que se trata.
É importante ressaltar que, em casos mais complexos, pode ser necessário realizar exames adicionais, como a cultura de fungos, para identificar o tipo específico de fungo envolvido na infecção. Esses exames ajudam a determinar o tratamento mais eficaz e a evitar que a infecção se espalhe ou se torne mais grave.
Tratamento para os fungos na pele
Os tratamentos para a dermatomicose geralmente são tópicos, exceto nos casos mais avançados, em que podem ser prescritos medicamentos de ingestão oral. Em certas infecções, como a onicomicose ou infecção das unhas, convém combinar um tratamento tópico e oral para resultados mais efetivos.
Além dos tratamentos convencionais, algumas abordagens complementares, como o uso de probióticos, têm mostrado potencial para ajudar a equilibrar a microbiota da pele e prevenir recorrências. No entanto, é essencial seguir as orientações do dermatologista para garantir a eficácia do tratamento e evitar complicações adicionais.
Dicas para prevenir a infecção por fungos
Para prevenir as infecções de fungos na pele, é importante ter em conta algumas recomendações úteis:
- Mantenha uma dieta saudável e pratique exercício físico regularmente, isto permitirá manter um sistema imunológico saudável e ser menos propenso a fungos na pele.
- Evite a acumulação de umidade em regiões propensas aos fungos, como dobrinhas na pele, os dedos dos pés, as axilas ou a região íntima. Seque sempre bem estas zonas depois do banho.
- Regra geral, evite que sua pele esteja em contato com a umidade. Não permaneça muito tempo com roupa úmida e evite estar descalço em espaços úmidos propensos a fungos, como piscinas e duches públicos.
- Utilize sempre desodorantes e antitranspirantes não só nas axilas, mas também em zonas propensas ao suor, como os pés. Utilizar sapatos de materiais que permitam a adequada ventilação, como o couro, e meias de algodão é muito importante para evitar os fungos.
- Use preferencialmente sabões com pH neutro, que ajudarão você a manter sua pele limpa sem serem demasiado agressivos com a mesma.
Além disso, é crucial manter hábitos de higiene corretos e evitar compartilhar objetos pessoais, como toalhas e roupas, para reduzir o risco de contágio. Em locais públicos, como academias e piscinas, sempre use sandálias ou chinelos para minimizar o contato direto com superfícies potencialmente contaminadas.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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