Saúde da pele

Como tratar bicho de pé

Leonardo Simon
Por Leonardo Simon. Atualizado: 10 novembro 2020
Como tratar bicho de pé

Você já ouviu falar sobre bicho-de-pé? O bicho-de-pé é um tipo de ácaro que não é visível aos olhos, mas pode provocar irritações severas na pessoa, sendo uma coceira intensa e inchaço na área as principais. O tratamento adequado permite diminuir consequências graves que o bicho-de-pé pode provocar em alguns casos. A localização de preferência deste ácaro inclui a América do Sul, América Central e algumas regiões de África, causando problemas sanitários em vários países. Neste artigo do ONsalus, te explicaremos como tratar bicho-de-pé, quais os sintomas que provoca e em que consiste.

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Índice

  1. O que é Bicho-de-pé
  2. Bicho-de-pé: sintomas
  3. Como tratar bicho-de-pé
  4. Como prevenir bicho-de-pé

O que é Bicho-de-pé

Os bichos-de-pé são um tipo de ácaro pertencente à família dos aracnídeos que se encarrega de parasitar o ser humano para se alimentar do líquido celular e do sangue de seu hóspede, vivendo indefinidamente no lugar da sua picada até depositar seus ovos.

O bicho-de-pé conta com garras que lhe permitem se aderir à pele para perfurá-la e injetar sua saliva para então absorver o líquido celular e do sangue, sendo esta sua forma de alimentação.

Quando o bicho-de-pé tiver se alimentado durante alguns dias (este processo é feito pela fêmea), ele se desprende da pele onde esteve aderido. Uma vez que o bicho-de-pé tenha realizado este procedimento, a pele começará a ficar irritada e os sintomas característicos começarão a se manifestar.

Como tratar bicho de pé - O que é Bicho-de-pé

Bicho-de-pé: sintomas

O bicho-de-pé se localiza preferencialmente em áreas ao ar livre e sua localização geográfica é centrada basicamente em regiões da América do Sul, América Central e África. Os lugares onde os bichos-de-pé são mais comuns incluem zonas de pastagens, gramas altas e plantações de bagas, sendo frequente sua picada nos meses do verão e outono.

A tungíase, doença infecciosa de pele provocada pela fêmea do bicho-de-pé, está indiscutivelmente associada à pobreza, e sua prevalência em áreas endêmicas é de 15-55%[1]. Por sua parte, a incidência desta condição na Europa se deve maioritariamente aos imigrantes e turistas provenientes dessas regiões endêmicas.

Os bichos-de-pé jovens são os responsáveis pelas irritações nos seres humanos e a parte do corpo mais suscetível são os pés, devido ao tipo de pele que tem (fina e delgada), provocando sintomas como:

  • Bolinha avermelhada parecida com uma espinha onde o bicho-de-pé penetrou na pele.
  • Coceira intensa apenas algumas horas depois que o bicho-de-pé se aderiu na pele do ser humano. A coceira vai agravando conforme as bolinhas vão aumentando.
  • Pontinho preto central que corresponde à parte posterior do abdômen do parasita. O aparecimento desse ponto preto no pé é uma das queixas mais comuns.
  • A picada por si só não gera nenhuma dor.

Como tratar bicho-de-pé

Para fazer o diagnóstico dos bichos-de-pé, basta fazer o exame físico das lesões com um médico que, além disso, perguntará sobre as atividades e locais de trabalho da pessoa. Com isto, será possível confirmar a presença da tungíase e determinar o tratamento médico necessário. A tungíase é uma doença autolimitada, ou seja, que desaparece por conta própria em 4 a 6 dias, no entanto, diante da presença dos bichos-de-pé, você deve apostar em algumas medidas. Confira como tratar bicho-de-pé de forma natural:

  • Para acalmar a coceira nos pés, você pode tomar um banho com água quente e esfregar levemente a área afetada com água e sabão.
  • Geralmente são necessários medicamentos de venda livre para acalmar a coceira, como a calamina, evitando desta maneira qualquer processo de complicação, como infecções de pele.
  • O gelo aplicado diretamente na área pode acalmar a coceira momentaneamente. Não é possível tirar bicho-de-pé com gelo, mas é possível diminuir o desconforto.
  • Caso esta condição não desapareça sozinha e perdure por mais tempo, o médico indicará a extração cirúrgica ambulatória do bicho-de-pé. Neste caso, também será indicado um tratamento com antibióticos via oral ou local. Não tente procurar informações como tirar bicho-de-pé com agulha ou outros métodos em casa ou pode acabar se machucando.
  • O uso de antibióticos sistêmicos também pode ser indicado caso haja uma complicação infecciosa grave.

Como prevenir bicho-de-pé

A prevalência da tungíase vai depender das medidas preventivas que forem tomadas, sempre levando em consideração todos os fatores de risco associados à esta incômoda condição que, no caso de não ser tratada a tempo, pode gerar complicações sérias como infecções de pele, causadas pelo frequente coçar da área. A seguir te explicamos como prevenir bicho-de-pé:

  • A melhor forma de prevenir os bichos-de-pé é evitar os locais mais propensos à presença estes ácaros, como florestas, pastagens, gramas altas, plantações de bagas.
  • Depois de trabalhar ou visitar estas áreas, é importante tomar um banho com água quente e sabão para eliminar todos os ácaros.
  • Recomenda-se utilizar repelentes que contenham N, N -dietil-meta-toluamida (DEET) e aplicá-los diretamente sobre todo o corpo, em alguns casos é recomendável aplicá-lo alguns dias antes de se expor às áreas de risco.
  • Lave a roupa que utilizou nestas áreas com água quente para conseguir eliminar o ácaro.
  • Por fim, é recomendável utilizar as peças de roupa adequadas quando estiver em uma área onde normalmente os bichos-de-pé vivem. É importante utilizar roupas que cubram o corpo o máximo possível.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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Referências
  1. José Manuel Ríos Yuil, Manuel Ríos Castro, Emma Yuil de Ríos, Patricia Mercadillo Pérez La tungiasis: una enfermedad entre la pobreza y el olvido. Dermatologia Cosmética Médica e Cirúrgica. Edición Octubre-Diciembre 2012 / Volumen 10-Número 4
  2. Eisele, M., Heukelbach, J., Van Marck, E. et al. Parasitol Res (2003) 90: 87. https://doi.org/10.1007/s00436-002-0817-y
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José Custódio do Nascimento
Satisfeito com a orientação sobre o bicho-de-pé! Grato
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