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Gangrena de Fournier: causas, sintomas, tratamento e sequelas

Por Equipe de redação do ONsalus. 6 novembro 2024
Gangrena de Fournier: causas, sintomas, tratamento e sequelas

Es probable que hayas escuchado poco acerca de la gangrena de Fournier, una enfermedad rara e infrecuente, pero con alta mortalidad y complicaciones graves. Esta condición afecta principalmente los tejidos blandos del área genital y perineal y es más frecuente en hombres que en mujeres.

Se caracteriza por una rápida propagación de la infección y la necrosis de los tejidos, lo que puede llevar a complicaciones severas como sepsis y shock séptico. Es crucial buscar atención médica inmediata si se sospecha de gangrena de Fournier, pues el tratamiento temprano es vital para prevenir complicaciones y mejorar el pronóstico del paciente.

Te invitamos a continuar leyendo este artículo en ONsalus, donde te mostraremos más sobre las causas, síntomas, tratamiento y secuelas de la gangrena de Fournier.

Índice
  1. O que é gangrena de Fournier?
  2. Causas da gangrena de Fournier
  3. Sintomas da gangrena de Fournier
  4. Tratamento para gangrena de Fournier
  5. Sequelas da gangrena de Fournier

O que é gangrena de Fournier?

A gangrena de Fournier é uma infecção necrosante grave, rara, mas letal e rapidamente progressiva que afeta a área genital e perineal. Nos homens, ela envolve o escroto e o pênis, enquanto nas mulheres afeta principalmente a vulva, embora com uma incidência menor.

Essa condição é caracterizada pela morte do tecido devido à falta de suprimento de sangue, causando alta mortalidade. Ela representa uma emergência médica.

A gangrena de Fournier é causada por várias bactérias que agem simultaneamente; sua disseminação causa obstrução dos vasos sanguíneos, limitando o fluxo sanguíneo para a pele e, consequentemente, a morte do tecido.

A incidência dessa infecção é maior em homens do que em mulheres, em uma proporção de 10:1. É mais frequente entre 40 e 50 anos. Segundo a Revista Chilena de Cirurgia, a mortalidade associada a essa doença varia entre 20% e 40%[1].

Causas da gangrena de Fournier

Existem alguns fatores predisponentes para apresentar gangrena de Fournier, sendo o diabete mellitus identificado como a comorbidade de maior prevalência nos pacientes afetados por essa doença.

Entre os outros fatores predisponentes, encontram-se:

  1. Obesidade.
  2. Déficit neurológico.
  3. Alcoolismo.
  4. Neoplasias.
  5. Consumo de corticosteroides.
  6. Desnutrição.
  7. Infecção por HIV.
  8. Doença vascular periférica.
  9. Hipertensão arterial.

A gangrena de Fournier resulta de uma infecção polimicrobiana. Os microrganismos correspondem, normalmente, à flora urogenital ou anorretal:

  • Escherichia coli.
  • Klebsiella spp.
  • Proteus spp.
  • Staphylococcus.
  • Streptococcus.
  • Clostridium spp.
  • Bacteroides spp.
  • Fusobacterium.

Todos eles, sozinhos e sem nenhum fator predisponente associado, são de baixa virulência, mas em caso de existir alguma lesão localizada e se houver presença de diabete mellitus, neoplasias, HIV, alcoolismo, entre outros fatores predisponentes, essas bactérias podem se tornar enormemente destrutivas. A disseminação delas obstrui o fluxo sanguíneo da pele, resultando na morte do tecido.

Como infecção primária antes da gangrena de Fournier, podemos encontrar:

  • Abscessos perianais.
  • Traumatismos.
  • Queimaduras.
  • Fístulas.
  • Fissuras.
  • Doença hemorroidária.
  • Bartolinite.
  • Hipospádia.
  • Prostatite.
  • Circuncisão.
  • Episiotomia.

Sintomas da gangrena de Fournier

Um dos sintomas característicos da gangrena de Fournier é a presença de dor intensa na área perineal, sendo a área que vai dos órgãos genitais até o ânus. Ela progride progressiva e rapidamente em questão de horas.

Também é acompanhada de outros sinais e sintomas, como

  • Febre
  • Inflamação.
  • Vermelhidão.
  • Edema
  • Coceira intensa
  • Calafrios
  • Aumento da frequência cardíaca ou taquicardia.
  • Hipotensão
  • Mal-estar geral
  • Fraqueza
  • Palidez
  • Odor fétido e secreção purulenta, que também são característicos da gangrena de Fournier.

Além disso, após um curto período, uma mancha preta, conhecida clinicamente como sinal de Brodie, torna-se evidente. E, às vezes, podem aparecer bolhas com gás e bolhas produzidas por bactérias como Clostridium spp.

Tratamento para gangrena de Fournier

O diagnóstico da gangrena de Fournier é estabelecido pela correlação clínica de todos os sinais e sintomas do paciente, com base principalmente no exame físico. Os raios X e os estudos de imagem (ultrassom, tomografia computadorizada) geralmente não são necessários para não atrasar a intervenção cirúrgica precoce.

O tratamento da gangrena de Fournier requer

  1. Estabilização inicial: comece abordando o estado geral do paciente com tratamento hidroeletrolítico para estabilizar o paciente hemodinamicamente.
  2. Cirurgia: a próxima etapa é o desbridamento cirúrgico de todos os tecidos necrosados, o que envolve a remoção de todos os tecidos que morreram devido ao déficit de suprimento de sangue. Se necessário, a cirurgia deve ser repetida se a necrose continuar a se espalhar.
  3. Antibióticos de amplo espectro: administrar antibióticos como penicilina, metronidazol, cefalosporinas de terceira geração e gentamicina antes, durante e após a cirurgia.
  4. Cuidados com a ferida: aplique curativos e troque-os a cada 12 horas.
  5. Controle da dor e da febre: administre analgésicos e antipiréticos para controlar a dor e a febre.

O prognóstico da gangrena de Fournier é diretamente proporcional ao tempo entre o diagnóstico e a aplicação dos tratamentos necessários. O prognóstico piora quanto mais tempo se leva para tratar e quanto mais a doença e a morte do tecido progridem.

Sequelas da gangrena de Fournier

O tempo entre o início dos sintomas e a avaliação médica é de vital importância, pois tem uma influência crucial no prognóstico da saúde do paciente.

A gangrena de Fournier tem uma taxa de mortalidade de 40%, portanto, o diagnóstico precoce e o tratamento precoce e agressivo são essenciais.

As sequelas da gangrena de Fournier podem incluir:

  • Deformidades na área afetada, resultantes do processo infeccioso e da morte do tecido.
  • Problemas de cicatrização e formação de cicatrizes devido à gravidade da doença.
  • Dor crônica na área afetada.
  • Perda da função dos órgãos afetados.
  • Infecções frequentes.
  • Problemas psicológicos, como ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático.
  • Necessidade de cirurgias reconstrutivas.
  • Danos permanentes à pele, aos músculos, aos tecidos moles e aos órgãos afetados.

Sem dúvida, os fatores predisponentes, como diabete mellitus, alcoolismo, imunossupressão, etc., pioram o prognóstico da gangrena de Fournier. Além disso, quanto maior a idade, maior o risco de complicações e maior a prevalência de mortalidade do paciente.

O tratamento da gangrena de Fournier é realizado em colaboração entre a cirurgia geral e a urologia, devido à gravidade das sequelas que podem surgir como consequência dessa grave doença.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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Referências
  1. Camargo. Lisseth, García. Herney, (2016, Mayo - Junio), Gangrena de Fournier: revisión de factores determinantes de mortalidad, Revista Chilena de Cirugía, https://www.elsevier.es/es-revista-revista-chilena-cirugia-266-articulo-gangrena-fournier-revision-factores-determinantes-S0379389316000181#:~:text=La%20gangrena%20de%20Fournier%20es%20una%20entidad%20de%20etiolog%C3%ADa%20polimicrobiana,de%20mujeres%20y%20ni%C3%B1os1.
Bibliografia
  • Rodríguez. J, Codina. A, García. M.J, Roig. J, Girones. J, Farres. R, Tuca. F, (2021, Febrero), Gangrena de Fournier, Cirugía Española Elsevier, https://www.elsevier.es/es-revista-cirugia-espanola-36-articulo-gangrena-fournier-S0009739X01717101
  • Vargas. T, Mora. S, Zeledón. A, (2019, Junio), Gangrena de Fournier: generalidades, Revista Médica Sinergia, https://www.medigraphic.com/pdfs/sinergia/rms-2019/rms196k.pdf
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