Doenças de transmissão sexual em homens

Tudo sobre gonorreia: sintomas, diagnóstico e tratamento

Nídia Figueira
Por Nídia Figueira, Editora e redatora ONsalus. 11 julho 2018
Tudo sobre gonorreia: sintomas, diagnóstico e tratamento

A gonorreia é provocada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae e pode infectar tanto homens como mulheres. Atualmente, é uma das doenças de transmissão sexual mais comuns, especialmente entre pessoas jovens, e pode causar infecção nos genitais, no reto e até mesmo na garganta.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, esta infecção bacteriana continua sendo um problema importante de saúde pública. Nos últimos anos, têm aparecido cepas resistentes aos antibióticos que são difíceis de curar. Nesse artigo do ONsalus, você encontrará toda a informação referente a esta doença - tudo sobre gonorreia: sintomas, diagnóstico e tratamento.

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Índice

  1. Gonorreia: transmissão
  2. Gonorreia: sintomas
  3. Gonorreia: diagnóstico
  4. Gonorreia: tratamentos e complicações

Gonorreia: transmissão

Esta doença é transmitida, principalmente, através do contato sexual desprotegido, uma vez que as zonas úmidas e quentes são as que mais facilitam a proliferação da bactéria. É importante realçar que não é necessário ejacular para transmitir ou contrair gonorreia, um simples contato com a vagina, pênis, ânus ou boca de uma pessoa infectada é suficiente para ocorrer contágio. A forma mais fácil de contrair a doença é, indubitavelmente, tendo relações sexuais sem usar preservativo, especialmente quando existem múltiplos parceiros sexuais.

Gonorreia: sintomas

O período de incubação da doença, ou seja, o tempo que ocorre entre o contágio e o aparecimento dos primeiros sintomas, é de 2 a 5 dias. No entanto, algumas pessoas podem demorar até um mês para notar os sintomas, enquanto outras podem bem apresentar sintomas, desconhecendo que foram contagiadas. Este último caso acomete especialmente nas mulheres que, frequentemente, são portadoras assintomáticas.

A gonorreia masculina provoca os seguintes sintomas:

  • Dor e ardência ao urinar.
  • Aumento da frequência urinária.
  • Secreção branca, amarelada ou esverdeada do pênis (corrimento).
  • Orifício da uretra vermelho e inflamado.
  • Em alguns casos, testículos sensíveis ou inflamados.

Já no caso da gonorreia feminina, os sintomas são:

  • Aumento do corrimento vaginal.
  • Dor e ardência ao urinar.
  • Aumento da micção.
  • Sangramento intermenstrual.
  • Dor no pé da barriga.

Se a infecção se der no ânus, podem existir secreções, coceira anal, dores ao defecar e sangramento em ambos os sexos. No entanto, muitas vezes não produz sintomas.

Gonorreia: diagnóstico

A gonorreia pode ser diagnosticada examinando uma amostra de tecido ou de secreção, a chamada colheita de exsudado. Nos homens, é recolhida uma amostra do exsudado uretral e, em mulheres, do exsudado cervical. Através da técnica de Gram, é possível visualizar a presença da bactéria no exsudado, sendo que também é possível fazer um cultivo da bactéria recolhido no colo do útero, na vagina, na uretra, no ânus ou na garganta.

Gonorreia: tratamentos e complicações

O tratamento da gonorreia tem como objetivo curar a infecção, o que costuma ser feito com antibióticos. O seu médico indicará qual é o mais adequado para combater a doença, sendo essencial que você não se auto-medique sem recomendação profissional. No geral, o tratamento recomendado é uma dose de ceftriaxona.

Quase metade das mulheres infetadas com gonorreia também contraem clamídia, outra doença sexualmente transmissível muito comum e que deve ser tratada ao mesmo tempo que a gonorreia. Além disso, é importante comunicar o contágio a todos os parceiros sexuais para que sejam examinados e, caso seja necessário, tratados, evitando assim que a doença se propague.

Quando a gonorreia não é tratada, pode derivar em complicações como inflamação da uretra, inflamação do epidídimo - onde os espermatozoides amadurecem e se armazenam, infecção das trompas de Falópio, infecção gonocócica disseminada ou artrite gonocócica.

A falta de sintomas não exclui a infecção e, por esse motivo, de poder sofrer com essas possíveis complicações. Por isso, não existe melhor prevenção que o uso de preservativo (camisinha) durante todas a relações sexuais e consultar um ginecologista ou urologista regularmente.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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Marinho
Estou tomando antibiótico para gonorreia, valeu pelo esclarecimento.
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