Sinais de alerta na gravidez
A gravidez é uma das etapas que pode marcar mais a vida de uma mulher, não só porque é gerada uma nova vida, mas também porque o corpo feminino sofre muitas mudanças hormonais, bioquímicas e morfológicas que variam de intensidade em função de cada mulher. No geral, as complicações na gravidez são raras e costumam ser acompanhadas de sintomas que devem ser conhecidos para evitar complicações indesejadas. Além disso, algumas complicações preexistentes podem aumentar o risco de sofrer outras complicações durante a gestação. No ONsalus, falamos sobre os sinais de alerta na gravidez que você não deve ignorar e as condições crônicas que deve ter em conta.
Sinais de alerta na gravidez que você não deve ignorar
Febre
Pode ser um sintoma de uma infecção e deve ser avaliada pelo serviço médico, evitando a automedicação. No artigo do ONsalus "Febre na gravidez, o que tomar?" damos para você toda a informação que precisa saber.
Sangramento vaginal
Durante a gravidez, não deve existir sangramento (pouco ou abundante) em nenhuma fase da gestação. Consulte o centro de emergências médicas mais próximo caso isso aconteça.
Você deve ter em conta que um dos primeiros sintomas de gravidez pode ser a perda de sangue ou um corrimento vaginal ligeiro chamado de sangramento de implantação que ocorre como consequência da implantação do óvulo no útero e costuma ter uma duração de 3 a 4 dias.
Perda prévia de líquido amniótico
Esta perda é normal a partir da semana 38 e representa o início do trabalho de parto, sendo necessário visitar o hospital para dar à luz. A saída do líquido amniótico antes da semana 38 é anormal e deve ser avaliada pelo serviço de urgências, quer seja abundante ou escassa.
Falta de movimentação do bebê
A partir do quarto ou quinto mês, as mães começam sentindo os movimentos do bebê no seu ventre. Eles começam a aumentar em frequência à medida que o bebê cresce, embora os movimentos possam diminuir um pouco nas semanas próximas ao nascimento por falta de espaço. Contudo, eles nunca devem cessar - a falta de movimentos ou uma queda na frequência deles deve ser avaliada o mais rápido possível por um médico.
Dores de cabeça e outros sintomas associados
A dor de cabeça e outros sintomas que a acompanham como zumbidos, tonturas, visão turva, ruído nos ouvidos ou inchaço nas mãos e nos pés podem ser consequência de um aumento na pressão arterial, o que pode provocar pré-eclâmpsia. A hipertensão arterial durante a gestação pode ser grave, tanto para a mãe como para o bebê.
Dor abdominal intensa
O aumento da frequência e intensidade de dores na área abdominal ou a sua presença de forma súbita e constante deve ser avaliada de imediato no serviço de urgências.
Convulsão
Qualquer convulsão deve ser tratada como uma urgência médica. As convulsões podem ser uma consequência do aumento da pressão arterial e isto pode ter muitas consequências patógenas para o bebê e para a gestante.
Infecções nas vias geniturinárias
Estas infecções são relativamente comuns na vida da mulher, surgindo de forma assintomática ou sintomática (febre, ardor ao urinar, secreções vaginais, mau odor) e podendo chegar a prejudicar o bebê. É necessário assistir que sejam controladas para evitar danos no feto. No artigo do ONsalus "Infecção urinária na gravidez: sintomas e tratamento" damos para você tudo o precisa saber.
Condições pré-existentes que podem complicar a gravidez
Uma série de condições prévias à gravidez podem aumentar o perigo da mesma. Em seguida, explicamos as mais comuns para que você tenha mais atenção aos sinais de perigo que explicamos antes:
- A gestação na adolescência e em idade de risco podem apresentar um risco alto de complicações tanto sociais como biológicas, fruto de falta de maturidade ou senescência do aparelho reprodutor. Por exemplo, uma mulher grávida de idade avançada corre um risco maior de que o bebê sofra de síndrome de down.
- O número de gravidezes prévias também tem um papel importante. Mulheres com mais de 4 partos apresentam um risco maior de sofrer complicações.
- Estados de nutrição inadequada, tanto desnutrição como obesidade, podem afetar o desenvolvimento normal do bebê porque não são providenciados os nutrientes necessários para o seu crescimento correto.
- Existem algumas doenças que, embora não tenham cura, podem ser controladas com medicamentos. Alguns destes medicamentos podem estar contraindicados para gestantes.
- Doenças cardiovasculares. Durante a gestação, o corpo da mulher sofre muitas mudanças e uma delas é o aumento da quantidade de sangue circulante para nutrir tanto o corpo da mãe como do bebê. Mulheres com condições cardíacas pre-existentes como a hipertensão arterial, miocardiopatia, enfartes, arritmias, defeitos no septo auricular, entre outros, devem ter um controlo pré-natal frequente e intenso para diminuir o risco de complicações.
- Doenças maternas transmissíveis. Existem algumas doenças infecciosas que podem passar a barreia placentária e afetar o desenvolvimento do bebê. Algumas podem ser evitadas, como é o caso da toxoplasmose. Outras, como o HIV, são incuráveis mas controláveis. É necessário ter um acompanhamento médico constante que diminua o risco de contágio vertical de doenças infecciosas.
Conselhos a ter em conta se você está grávida
- Se você apresenta algum sintoma, deve consultar o médico o mais rápido possível. Não é apenas a sua vida que está em perigo, mas também a do seu bebê.
- Embora qualquer mulher saudável possa ter filhos antes da menopausa, o risco de sofrer complicações durante a gravidez aumenta de forma significativa a partir dos 35 anos.
- Nem todos os fármacos podem ser usados durante a gravidez. Consulte o seu médico para conferir o tipo e a dose de fármacos que você está tomando.
Quando ir ao médico na gravidez?
A gravidez é uma época em que prestamos mais atenção ao nosso corpo do que é habitual, p que faz com que notemos sensações e incômodos que, embora não sejam novos, costumavam ser ignorados. Contudo, tendo em conta a importância da saúde do bebê, é essencial ter em conta que sintomas nos avisam de que algo não está indo bem. É melhor visitar o médico demasiadas vezes do que nunca, já que ele pode oferecer as pautas necessárias para que você saiba o que é importante e o que não é. De qualquer forma, em seguida explicamos os sinais de alerta na gravidez por trimestre e quando ir ao médico na gravidez:
Sinais de alerta na gravidez - primeiro trimestre
- Se você apresenta sangramento vaginal semelhante a menstruação durante a gravidez, não devendo confundir com o sangramento de implantação.
- Dor muito intensa na zona inferior do abdômen.
- Vômitos e náuseas que impeçam de comer ou beber por mais de 12 horas.
Sinais de alerta na gravidez - segundo trimestre
- Dor abdominal a cada certo tempo que não melhora nem com o repouso.
- Mudanças severas nos movimentos do bebê ou deixar de notar o seu movimento por muito tempo.
- Sangramento como o da menstruação.
- Sensação de perda de líquidos.
- Dor intensa em toda a barriga.
Sinais de alerta na gravidez - terceiro trimestre
No terceiro trimestre, as razões pelas quais você necessita de visitar um médico são muito semelhantes às do segundo. Contudo, você deve adicionar todos os sintomas do início do parto como contrações ou rebentar as águas:
- Aumento repentino de peso, inchaço nos tornozelos e nas pernas.
- Cefaleia muito intensa.
- Prurido intenso na pele, especialmente nas mãos e nos pés, que piora durante a noite.
Obviamente, também devemos considerar condições como a febre ou qualquer outra condição que necessite de atenção médica fora da gravidez.
Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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