Saúde da pele

Suor noturno na cabeça, como evitar?

 
Magce Bonilla
Por Magce Bonilla, Química. 12 dezembro 2022
Suor noturno na cabeça, como evitar?

Frequentemente, a cabeça e o rosto podem suar ao dormir devido a uma noite quente, por haver comido alguma comida muito apimentada, por estar nervoso ou por sentir estresse. Frente a esses episódios, não há com o que se preocupar, já que a transpiração na cabeça é normal.

Contudo, quando há suor noturno na cabeça e pescoço, pode-se atribuir a situação a certas condições, como hiperidrose craniofacial ou hiperidrose secundária, associada a distúrbios hormonais, efeitos colaterais de medicamentos ou danos ao sistema nervoso. Continue a ler este artigo do ONsalus e saiba tudo sobre por que a cabeça transpira ao dormir e como evitar.

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Índice

  1. Hiperidrose craniofacial
  2. Uso de medicamentos com este efeito colateral
  3. Episódios de ansiedade e estresse
  4. Doenças crônicas
  5. Menopausa
  6. Como evitar o suor noturno na cabeça

Hiperidrose craniofacial

Muitas vezes, quando as temperaturas estão elevadas e o ambiente está úmido ou há uma situação de estresse, a cabeça pode transpirar durante o dia e também ao dormir. Isso é uma reação normal que o organismo manifesta pelo efeito térmico, pelos estímulos vasodilatadores e os processos emocionais pelos quais a pessoa está passando, causando o suor noturno na cabeça.

Entretanto, quando a sudorese na cabeça, no couro cabeludo e no rosto se manifesta excessivamente, inclusive em ambientes frescos, é produto da hiperidrose craniofacial, uma doença causada por glândulas sudoríparas hiperativas, como aponta um estudo científico[1], e responde a uma hiperestimulação neurológica anormal, ou seja, como resultado de vários estímulos desproporcionais, que aumentam os níveis de secreção de suor. As pessoas que sofrem de hiperidrose craniofacial apresentam sudorese muito abundante, a ponto de diminuir sua qualidade de vida, prejudicando suas atividades cotidianas e suas relações sociais.

Aqui nesse outro artigo damos mais informações sobre sudorese excessiva: causas e tratamento.

Suor noturno na cabeça, como evitar? - Hiperidrose craniofacial

Uso de medicamentos com este efeito colateral

O uso de certos medicamentos específicos para o tratamento de algumas doenças, como os antidepressivos, hormônios, medicamentos para o câncer, podem levar o paciente a produzir recorrentemente um excessivo suor noturno na cabeça e no pescoço. Nesses casos, é fundamental explicar o que está acontecendo ao médico que está tratando o problema, para avaliar a possibilidade de mudança do tratamento ou da dose.

Episódios de ansiedade e estresse

Quando há continuamente sensações de medo, níveis elevados de estresse ou ansiedade, o suor noturno na cabeça, pescoço e no rosto inevitavelmente aparece ao dormir, já que essas emoções afetam diretamente o sistema nervoso simpático, encarregado de dar sinais para as glândulas sudoríparas, relacionadas com o processo termorregulador da pele. Para isso, necessariamente, deve-se ir a um médico especialista para tratar a situação de forma integral.

Saiba mais sobre essa condição no nosso artigo ansiedade generalizada: sintomas, causas e tratamento.

Doenças crônicas

Algumas doenças como o hipertiroidismo, Parkinson, linfomas ou tuberculose, entre outros, tendem a gerar uma sudorese exagerada e incômoda, tanto durante o dia como à noite. Além disso, costumam ocorrer principalmente na cabeça, couro cabeludo, rosto, axilas e palmas das mãos. Em geral, esse é um sintoma muito comum dessas doenças.

Nos artigos a seguir você pode se informar melhor sobre hipertireoidismo: sintomas, tratamento e causas e Parkinson: sintomas e tratamento.

Menopausa

Quase sempre no processo da menopausa, as mulheres sofrem de sudorese excessiva e ondas de calor no início dos ciclos menstruais irregulares e, às vezes, também após seu total desaparecimento. Essas mudanças hormonais produzem, em geral, suor noturno na cabeça, rosto e axilas, entre outras partes do corpo. Essa situação é facilmente controlada a partir do acompanhamento ginecológico, por meio de medicamentos especiais e alterações no estilo de vida para aliviar o desconforto completamente.

Aconselhamos você a dar uma olhada em nosso artigo sobre os sintomas da menopausa.

Suor noturno na cabeça, como evitar? - Menopausa

Como evitar o suor noturno na cabeça

Agora que você já sabe as causas para o suor noturno na cabeça, pescoço e rosto, vai gostar de saber que a sudorese nesta região pode ser reduzida ou evitada seguindo alguns passos simples, que devem ser feitos com frequência. Aqui explicamos os principais:

1. Limpar regularmente a cabeça

É fundamental limpar a cabela regularmente para reduzir o acúmulo de sebo e sujeira. A higiene capilar é o principal remédio para evitar a proliferação de bactérias que vivem na pele e, para isso, é indicado usar um xampu adequado de acordo com o pH e o tipo de cabelo de cada pessoa. O importante é que com o produto selecionado seja possível realizar uma limpeza profunda. Além disso, é importante enxaguar bem o xampu do cabelo para garantir que a água remova todos os resíduos. Nos casos em que se costume suar muito, é aconselhável fazer essa limpeza diária à tarde ou à noite, para evitar que o suor afete o folículo piloso e possa assim enfraquecê-lo.

2. Evitar comidas apimentadas

As pessoas propensas a suar excessivamente pela cabeça e pelo rosto não devem comer alimentos condimentados e muito condimentados, uma vez que esses tipos de comidas aumentam a temperatura corporal, gerando uma transpiração atípica na cabeça, testa, tórax e axilas. Nesse sentido, é fundamental mudar os hábitos alimentares, reduzindo o consumo de gorduras, cafeína e alimentos picantes.

3. Tomar água gelada

Beber água gelada, em geral, ajuda a regular a temperatura corporal e a diminuí-la um pouco, conseguindo reduzir a transpiração e o suor noturno na cabeça. Beber água gelada ajuda muito a refrescar o corpo, principalmente nas pessoas que sofrem de hiperidrose craniofacial, acalmando o suor na cabeça e no rosto significativamente.

4. Usar tratamentos tópicos

Os tratamentos tópicos são a chave para minimizar o suor no corpo e mais ainda na cabeça. Atualmente existem produtos especiais aplicados no couro cabeludo que evitam ou reduzem a transpiração nessa área, no entanto, o correto é usá-los com indicação prévia do médico dermatologista para evitar reações alérgicas, irritação ou outros prejuízos à pele.

5. Aplicar botox

Um dos tratamentos mais utilizados para tratar a hiperidrose capilar é a toxina botulínica. Em situações de sudorese excessiva no couro cabeludo, as injeções de botox nas glândulas sudoríparas são uma opção, pois bloqueiam seu funcionamento e minimizam a produção de suor abundante.

O tratamento com botox deve ser feito por um especialista, uma vez que é necessária uma avaliação detalhada do caso para saber se é possível aplicá-lo. Em geral, é recomendável usar o botox quando as opções anteriores não tiverem surtido efeito.

Outros tratamentos

Há também outros tratamentos e terapias à base de remédios anticolinérgicos, medicamentos sistêmicos e iontoforese que também podem auxiliar a combater o excessivo suor noturno na cabeça, embora seja sempre necessário a indicação por um médico especialista.

Agora que você já sabe tudo isso sobre o suor noturno na cabeça e como evitar esta situação, talvez se interesse em saber mais sobre por que sinto calor nos pés ao dormir lendo outro artigo do ONsalus.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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Referências
  1. Callejas, M. Grimalt, R. y Cladellas, E. (2009). Actualización en hiperhidrosis. Disponível em: <www.elsevier.es>. Acesso em 12 de dezembro de 2022.
Bibliografia
  • Peri, J y col (2000). La hiperhidrosis Primaria (2000). Disponível em: <https://www.elsevier.es/es-revista-medicina-integral-63-articulo-la-hiperhidrosis-primaria-15335>. Acesso em 12 de dezembro de 2022.
  • Hansson, A. y Kam, S. (2014). Hiperhidrosis focal primaria: una patología que debemos conocer y tratar. [Documento en Línea] Disponível em: <https://www.sochiderm.org/web/revista/30_2/1.pdf>. Acesso em 12 de dezembro de 2022.
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