Hipospermia: definição, causas e tratamento


Você já ouviu falar de hipospermia? Muitos homens desconhecem de que se trata e o que provoca esta condição. É comum que a hipospermia seja confundida com outra condição conhecida como oligospermia, no entanto, elas são diferentes, já que a hipospermia não causa infertilidade por si só, excepto se é associada a uma baixa concentração de espermatozoides.
Se você está preocupado porque notou que o volume da sua ejaculação é insuficiente, desde o ONsalus te convidamos a ler esse artigo sobre hipospermia: definição, causas e tratamento onde encontrará toda a informação necessária sobre o tema.
O que é hipospermia
A hipospermia é uma condição médica do homem que se caracteriza por uma quantidade baixa de sêmen durante a ejaculação. Em 2010, a Organização Mundial se Saúde estabeleceu que o volume seminal normal deve ser superior a 1,5 mililitros, sendo que os valores inferior são considerados anormais[1].
O sêmen é composto por espermatozoides e secreções de diferentes glândulas do aparelho reprodutor masculino. No processo de ejaculação, a maior quantidade de líquido seminal é proveniente das vesículas seminais, 30& da próstata e o resto dos testículos, epidídimo e glândulas bulbouretrais.
Casal com hipospermia pode engravidar?
Sofrer esta alteração não é sinônimo de infertilidade, se você tem uma boa concentração de espermatozoides e o único problema é o volume, existem algumas formas de solucioná-lo.
Hipospermia: causas
Atualmente, os investigadores afirmam que existem diversas causas que podem provocar alterações no volume do esperma e na capacidade reprodutora do homem.
O primeiro fator relacionado com um baixo volume na produção do sêmen são os problemas de próstata e alterações nas vesículas seminais, as quais se encontram situadas atrás da glândula prostática e onde é produzida a maior quantidade de sêmen. Como mencionado, são diversas as causas e fatores que podem diminuir o volume do sêmen. Em seguida, te explicamos algumas causas da hipospermia:
- Ejaculação retrógrada: Esta alteração pode ser provocada por uma deformidade na uretra, aumento do volume prostático ou por uma cirurgia de próstata prévia. parte do sêmen passa para a bexiga urinária depois da ejaculação, ou seja, de desloca na direção contrária.
- Relações muito seguidas: Se você fizer uma análise de sêmen após um curto período de abstinência (cerca de 1 dia), isso pode alterar os resultados, já que causa um volume baixo na quantidade de sêmen. Fazer o exame novamente com um período mais prolongado de abstinência pode solucionar o erro de volume na colheita do esperma.
- Problemas anatômicos: a ausência unilateral de vesículas seminais e canais deferentes que se deve a doenças genéticas, e também quando é bilateral, provoca esterilidade no homem.
- Condutos obstruídos: as infecções ou doenças inflamatórias como a gonorreia, prostatite, epididimite, orquite, entre outras, podem obstruir os canais, impedindo a passagem adequada do sêmen.
- Défice hormonal: a deficiência de testosterona, hormônio masculino de papel importante no apetite sexual e produção de esperma, pode provocar hipospermia.
- Lesões nos nervos: qualquer dano nos nervos do pênis pode provocar a perda dos impulsos nervosos, levando a um baixo volume de sêmen.
- Pós-operatório: os pacientes com problemas em urinar que realizam cirurgia do pescoço da bexiga podem apresentar hipospermia.
Hipospermia: fatores de risco
Vários fatores de risco foram associados à hipospermia. Esses são alguns dos fatores desencadeantes:
- Idade superior a 30 ou 40 anos.
- Fumar.
- Obesidade.
- Fatores ambientais como a exposição ao chumbo ou radiações.
- Estilos de vida pouco saudáveis.
- Traumas testiculares.
- Abuso de drogas e álcool.
- Estresse e problemas psicológicos.
Hipospermia: tratamento
O médico te avaliará e indicará vários exames para verificar se você realmente sofre de hipospermia. Entre os exames, se inclui uma análise do sêmen (espermograma).
Esta prova de laboratório é simples e determinará a cor, consistência, densidade, composição química e quantidade de espermatozoides no esperma. O resultado da avaliação médica e dos exames guiarão o médico para que determine o melhor tratamento. Entre os tipos de tratamento da hipospermia, encontramos:
- Se a hipospermia é leve e não existem outras causas associadas, se recomenda que se aplique estimulação retal da próstata durante as relações sexuais.
- Quando é causada por um processo infeccioso ou inflamatório, se indicam fármacos que melhoram a condição e aumentam o rendimento sexual masculino.
- Em caso de ejaculação retrógrada, obstrução dos canais ou problemas com o pescoço da bexiga, é recomendado fazer tratamento cirúrgico.
- Em casos de hipospermia avançada que causa infertilidade, é possível recorrer a técnicas de reprodução assistida como a inseminação intrauterina programada, fertilização in vitro ou injeção intracitoplasmática de espermatozoides.
Hipospermia: prevenção
Não existe uma forma específica de evitar a hipospermia. No entanto, algumas medidas podem ajudar a prevenir a obstrução do canal ejaculatório ou a ejaculação retrógrada:
- Receber tratamento adequado em caso de infecções do trato reprodutor masculino.
- Manter um estilo de vida saudável.
- Limitar o consumo de álcool e drogas.
- Diminuir o hábito de fumar.
- Reduzir os níveis de estresse.
Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
Se pretende ler mais artigos parecidos a Hipospermia: definição, causas e tratamento, recomendamos que entre na nossa categoria de Sistema reprodutor masculino.
- World Health Organization (WHO). WHO laboratory manual for the Examination and processing of human sperm. 5a ed. WHO PRESS. 2010; 271p. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/44261/9789241547789_eng.pdf;jsessionid=7E6235B216478406F9CC06C1D7059D29?sequence=1>
- Armando Juárez-Bengoa et al. Prevalencia de eyaculación retrógrada en esterilidad asociada con hipospermia. Ginecol Obstet Mex 2011;79(2):61-66. Disponível em: <http://www.medigraphic.com/pdfs/ginobsmex/gom-2011/gom112a.pdf>