Testosterona alta em mulheres: causas, sintomas e como reduzi-la

Sim, exatamente como você leu, embora a testosterona seja comumente conhecida pelo papel que desempenha nos homens, ela também desempenha um papel importante no corpo feminino.

Embora as mulheres produzam menos testosterona do que os homens, esse hormônio é importante em algumas funções fisiológicas. Ele é sintetizado nos ovários, nas glândulas adrenais e, em menor escala, nos tecidos periféricos.

Mas você pode se perguntar qual é a sua função no corpo feminino:

• Contribui para a manutenção da massa muscular e da densidade óssea.
• Regula a força muscular, influenciando a saúde física geral.
• Tem um impacto significativo na libido, estimulando o desejo sexual e a função erétil do clitóris.
• Desempenha um papel na produção de células vermelhas do sangue.
• Regula o humor.
• Contribui para a saúde mental e emocional.
• Previne a depressão.

Um desequilíbrio nos níveis de testosterona pode levar a vários problemas de saúde, daí a importância de manter o equilíbrio hormonal no corpo.

Há várias causas que podem explicar essa condição:

• Síndrome dos ovários policísticos (SOP): essa é uma das causas mais comuns de mulheres com testosterona elevada. Os ovários estão aumentados e têm vários cistos. Além do aumento da testosterona, isso pode levar a irregularidades menstruais e resistência à insulina. Estima-se que a SOP tenha uma prevalência de 7% nos Estados Unidos e uma prevalência variável de 5% a 22% em outras populações estudadas. Na América Latina, é relatada uma prevalência de 15%.
• Por outro lado, a hiperplasia adrenal congênita é outra causa significativa de testosterona elevada em mulheres. Trata-se de um distúrbio genético que afeta a produção hormonal das glândulas suprarrenais, resultando na produção excessiva de andrógenos, como a testosterona.
• Os tumores do ovário ou da glândula adrenal, embora raros, representam a terceira principal causa de níveis elevados de testosterona em mulheres.

Por último, mas não menos importante, há fatores externos, como:

• O uso de esteroides anabolizantes, que são usados para melhorar o desempenho dos atletas.
• A obesidade contribui para desequilíbrios hormonais, que podem aumentar os níveis de testosterona.
• Problemas endócrinos, como os que ocorrem na tireoide ou na glândula pituitária.
• O estresse crônico pode levar ao aumento da produção de determinados hormônios.

Níveis elevados de testosterona podem causar sintomas físicos e emocionais que afetam a qualidade de vida das mulheres, por exemplo:

1. Aumento de pelos no corpo ou hirsutismo, especialmente no rosto, no peito e nas costas. Isso ocorre em até 15% das mulheres.
2. Alterações na pele, como a presença de muito mais gordura e acne.
3. Ciclos menstruais irregulares ou ausentes, resultando em problemas de fertilidade.
4. Mudanças na libido.
5. Irritabilidade.
6. Ansiedade.
7. Dificuldade para dormir.
8. Voz mais grave.
9. Alterações na massa muscular.

É essencial consultar um médico na presença de um ou mais desses sintomas.

Para diagnosticar essa condição, uma combinação de testes, avaliação clínica e, às vezes, estudos de imagem são usados para fazer o diagnóstico adequado.

O histórico médico pode orientar o médico para essas condições, sendo relevantes tanto o questionamento quanto o desenvolvimento de sinais visíveis relacionados à testosterona elevada.

Os exames de sangue avaliam os valores de testosterona total e livre, bem como os níveis de outros andrógenos. Também pode ser útil medir outros marcadores hormonais para descartar condições como a síndrome do ovário policístico (SOP) ou distúrbios adrenais.

Em alguns casos, se houver suspeita de um distúrbio subjacente, como um tumor nas glândulas suprarrenais ou nos ovários, o médico poderá solicitar exames de imagem, como ultrassom ou ressonância magnética.

Há diferentes abordagens para reduzir os níveis de testosterona em mulheres:

• Mudanças na dieta, incorporando alimentos ricos em fibras e vegetais e diminuindo a ingestão de açúcares e carboidratos. Isso ajuda a regular os hormônios.
• Manter um peso saudável, pois a obesidade influencia os desequilíbrios hormonais.
• Faça exercícios regularmente.
• Atividades como ioga, meditação ou treinamento cardiovascular.
• Alguns tratamentos médicos podem incluir contraceptivos hormonais ou medicamentos que inibem a produção de andrógenos.

É importante abordar essa questão de forma holística, sempre sob a supervisão de um profissional de saúde. Níveis elevados de testosterona em mulheres podem levar a uma série de sintomas e problemas de saúde.

Este artigo é meramente informativo, no ONsalus.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos médicos nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Convidamos você a recorrer a um médico no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.

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